O Veneno está na Mesa

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Um inimigo perigoso está impregnado nos principais alimentos da população brasileira. Ele é altamente tóxico e está hospedado na laranja, no morango, no milho, no morango, nos mais diversos sabores de pizza, na maçã...Verduras, legumes, nenhuma frente alimentícia escapa.

O brasileiro  ingere anualmente  mais de  5 litros de  veneno por ano, via alimentos contaminados por agrotóxicos. Não é à toa, que casos de diversos tipos de doenças se alastram exponencialmente pela sociedade brasileira devido ao consumo de veneno que é servido diariamente na mesa dos consumidores, camuflando-se  na comida diária da população.  

Câncer, má-formação de feto (devido ao leite contaminado das gestantes por agrotóxicos), cegueira, paralisia dos membros, esterilidade, alterações genéticas, graves problemas cardíacos, respiratórios e pulmonares são alguns dos danos causados  por um bilhão de litros de agrotóxicos produzidos por ano em território brasileiro.






   

O filme "O Veneno está na Mesa" do cineasta Sílvio Tendler alerta para o grande perigo do uso indiscriminado dos agrotóxicos no Brasil. Enquanto que o uso de vários tipos de defensivos agrícolas tóxicos  foram proibidos no Japão, Estados Unidos e em vários países europeus, eles são largamente utilizados em terras brasileiras. Isso faz com que o Brasil seja o maior produtor de agrotóxicos do mundo.

Este filme integra a "Campanha Nacional Permanente contra o Uso de Agrotóxicos" e visa alertar a população sobre um tema diretamente ligado à questão da sua sobrevivência. A Campanha conta com  a participação de mais de 30 entidades da sociedade civil brasileira (Movimentos Sociais, Entidades Ambientalistas, Organizações de Saúde, Grupos de Cientistas, Associação de Estudantes etc.).

 
O "Comitê Paulista da Campanha contra os Agrotóxicos e Pela Vida" lançará o filme "O Veneno está na Mesa" nesta próxima 6ª feira (02/12/2011), em São Paulo. O  Evento ocorrerá no SENAC da Aclimação [Rua Pires da Mota, 838 (Metrô Vergueiro)]. Horário: das 18:30h às 22:00h. Depois da exibição do filme, haverá debate com o cineasta, integrantes do Comitê e público. Para maiores informações: Telefone: 3795-1299.








 
   




Segundo Sílvio Tendler, "o mundo está sendo completamente intoxicado por uma indústria absolutamente desnecessária e gananciosa, cujo único objetivo realmente é ganhar dinheiro".
E ilustra um exemplo de exploração a cargo dessa indústria de veneno, que está vinculada ao uso insustentável da terra: os bancos não financiam a agricultura sem agrotóxico. Se o camponês não tiver as notas  referentes aos herbicidas, às sementes transgênicas etc., ele é obrigado a devolver o dinheiro. Isso acaba gerando um vínculo nefasto que  aprisiona o produtor rural a um ciclo que intoxica a população e o meio ambiente, e que só beneficia as grandes corporações em busca de altos lucros criminosos.












       


 
 

Tendler menciona que  o camponês é amarrado dentro deste padrão de  produção  movido a agrotóxico/transgenia, retirando-se dele qualquer possibilidade de desenvolver uma agricultura natural, orgânica e saudável. Dentro desta masmorra de produção insalubre e poluidora, o agricultor adoece e morre como um escravo-empregado do agronegócio.
O cineasta afirma que esse modelo   de exploração  a base de veneno promove em muitos casos, expulsão e migração  dos pequenos agricultores rumo às cidades (podendo levá-los à miséria). Arranca-se a propriedade dos seus legítimos donos para entregá-la aos grandes proprietários do agronegócio via um desenvolvimento perverso que esgota e torna infértil o solo,  devasta florestas e contribui para inviabilizar a vida no Planeta.   











Sílvio Tendler aponta que a solução está em se adotar uma agricultura mais humana, que proteja os camponeses, ao permitar que eles usem sementes naturais, desenvolvem uma agricultura saudável (livre de transgênicos e pesticidas) e democrática (longe da escravidão que é o modelo oferecido pelas megacorporações do agronegócio). Com esse manejo harmônico, salubre e sustentável da terra, se evita a intoxicação da população (no campo e nas cidades) e dos ecossistemas (rios, plantações, fauna e flora).










A possível alteração danosa do Código Florestal - que anistia desmatadores, diminui as Reservas Legais e amplia a devastação das Áreas de Proteção Permanente etc. - é um fio condutor para promover o uso  predatório das terras por um agronegócio  em nada preocupado com a manutenção de uma produção saudável e autossustentável. O  grande objetivo deste processo é o aumento do desmate (para   não se  ter custo com tecnologia eficiente), o lobby para a isenção do imposto sobre pesticidas e a instauração de agricultura altamente lucrativa e violentamente poluidora. É  o que afirma o professor Fernando Carneiro, do Departamento de Saúde Coletiva da Universidade de Brasília.

Portanto, um direito democrático que cabe a todos os brasileiros não pode ser vilmente usurpado por uma irresponsável bancada ruralista apoiada por megacorporações patologicamente gananciosas com as suas receitas altamente lucrativas de  produção de venenos. O efeito colateral deste nefasto empreendimento é uma séria ameaça para a saúde humana e à biodiversidade.








  
 O filme "O Veneno está na Mesa" está sendo distribuído pelo processo de multiplicação (as pessoas fazem novas cópias das recebidas, ampliando o efeito da distribuição). Para Tendler, todas as pessoas precisam ser alertadas sobre o risco pelo qual estão passando. E se faz mais do que necessária a divulgação do filme para a Presidente, para o Ibama, o Ministério da Agricultura e o Congresso. 
 
 




 
 
 
"Nós não queremos mais agrotóxicos de nenhuma forma. É uma mudança de  filosofia, temos que partir para produzir diversidade. Vamos ter que comer diferente, que fazer muita coisa e não depende só do agricultor, depende também da população, porque do jeito que está não é possível mais ficar"”- afirma Rosany Bochner  [Consultora da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Coordenadora do Sistema Nacional de Informações Tóxico Farmacológicas (Sinitox), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)].






“Dilma, salve as nossas florestas e proteja o nosso futuro” - foi  o que pediu um grupo de 600 crianças vestidas de verde em frente ao Palácio do Planalto, na Manifestação dessa última 3ª feira contra as alterações do Código Florestal. Esta Manifestação foi organizada pelo  "Comitê em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável". Uma frente de protesto - formada por 200 organizações que integram o Comitê  - se juntou às crianças pela defesa das Florestas. O número estimado de manifestantes foi em torno de 1,5 mil pessoas. 

Após a manifestação, representantes do Comitê entregaram para o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho um abaixo assinado com 1,5 milhão de assinaturas coletadas no Brasil inteiro via "Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável" e da petição  online da "Organização AVAAZ".


Sem dúvida, a assinatura do músico Arnaldo Antunes contribuiu para se chegar à expressiva marca de 1,5 milhão de assinaturas. Sua marca está também presente em duas músicas rockeiras-viscerais de crítica social, da época em que integrava a banda "Titãs": 


 /Porrada/  Congratulações para os banqueiros... [do disco "Cabeça Dinossauro" (1986)]


/De Nome aos Bois/  Essa lista, infelizmente, está bem desatualizada [do disco "Jesus não tem Dentes no País dos Banguelas (1987)] .  Os Titãs poderiam fazer uma nova versão, que na verdade seria uma suíte. Sugestões: cambada/bancada do Congresso a favor do desmatamento no Brasil, megacorporações que já detonaram a agricultura da Índia, inúmeros rebanhos de gados (com injeções artificiais) e que agora estão com o plano de transformar o Brasil em um  deserto envenenado  de monoculturas. Quem mais? george bush, berlusconi, relatores de Códigos  e  incontáveis ministros brasileiros...  














//COORDENADAS//
/Senac - Aclimação (Inscrição para o Lançamento do Filme "O Veneno está na Mesa")/
-Programação-
18:30h - recepção e identificação dos participantes (por favor façam sua inscrição prévia!).
18:40h - apresentação do diretor Sílvio Tendler e pronunciamento do Comitê Paulista.
19:00h - projeção do filme "O Veneno está na Mesa".
20:00h - debate com a participação do diretor, de integrantes do Comitê e do público presente.
22:00h - encerramento



//IMAGENS//
/Imagem#1 (de Abertura)/ "Monstro Kraken" - Arte do pôster do filme "Fúria de Titãs" (Versão de 2010) (Fonte: Movie Goods)
/Imagem#2/ Titãs - Tormento de Atlas e Prometeus (6 a.C.) (Museu do Vaticano).
/Imagem#3/ Pôster do filme "O Veneno está na Mesa" de Sílvio Tendler.
/Imagem#4/ Capa do Disco "Cabeça Dinossauro" (1986) dos Titãs.
/Imagem#5/ "One Race" - desenho da saga  "Riddick".
/Imagem#6/ Capa do LP "Jesus não tem Dentes no País dos Banguelas" (1987) dos Titãs.
/Imagem#7/ Medusa do filme "Fúria de Titãs" (1981) (Fonte: Movie Goods).



                   Pôster (Site: Movie Goods).




/Imagem#8/ Pegasus Negro.
/Imagem#9/ Atlas de Farnese (150 d.C.) (Escola Romana) (Museu Nacional Arqueológico - Nápoles).
/Imagem#10/ Gigante Kraken do filme "Fúria de Titãs" (1981) (Fonte: Movie Goods).
/Imagem#11/Arnaldo Antunes na Campanha da "Coalizão #Floresta Faz a Diferença".
/Imagem#12/ Pegasus - Pôster do filme "Fúria de Titãs" (Versão 2010). (Fonte: Movie Goods).

O Dia em que Faremos Contato

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Seres em preto e branco aprisionados por movimentos bruscos e violentos que levam a uma espiral descendente. O objetivo é se manter de pé, mas parece que o solo é o destino final  de um viver esquizofrênico  e caótico. Criaturas bidimensionais que se fundem com perfeição a um cenário preto e chapado, um grande deserto negro geométrico. A pulsão da vida neste mundo é o conflito beligerante que se traduz em um balé denso e rude. Uma dança movida a ágeis, rápidos e desesperados movimentos que mais parecem golpes de algum tipo de luta mortal.














       






Este balé-luta chamado "Breu"  foi criado pelo coreógrafo Rodrigo Pederneiras  para o  Grupo Corpo, cuja estreia foi no ano de 2007, em palcos brasileiros. Quarenta minutos de uma dança severa regida por uma trilha sonora densa, pulsante e em forma de um rico  mosaico de referências musicais. Um painel sonoro dissonante e instigante que faz uma síntese de uma gama de gêneros musicais aparentemente incompatíveis: Frevo, MPB, Música Clássica,  Rock Progressivo (com texturas pinkfloydianas), Música Experimental e Hard Rock... A criação musical de Lenine une sensações dúbias: o prazer de se ouvir uma música criativa, poética e emocionante que impulsiona  uma coreografia escancaradamente desarmônica e  desconfortável, acabando  por refletir a vida nas grandes metrópoles. Vida essa moldada pela exacerbada  individualidade  competitiva, que transforma os seus habitantes em adversários. Uma  patológica contenda que ecoa  em batidas nas latarias dos carros, nas sirenes das ambulâncias. O vício  pela busca frenética do lucro e do sucesso (a qualquer custo) é  o canal para uma comunicação ruidosa  e conflitante entre os concorrentes. O sucesso desvirtuoso se dá pela queda alheia. Uma luta cujos movimentos abruptos e brutais são como um enfrentamento com foices no escuro. Uma realidade descolorida sem fauna e flora. 






   

Esta trilha sonora apresenta uma colagem sonora (repleta de guitarras, instrumentos de sopro, bateria, vocais, samplers, efeitos) que cria uma obra dividida em oito movimentos. O resultado final é de uma impactante pulsão sonora que se molda perfeitamente  a um balé do desencontro e da desunião, metaforizando assim a  vida conflitante nas grandes cidades poluídas e sem verde.











     


O compositor Lenine aderiu à  Campanha #Floresta faz Diferença, pois sabe que se o Código Florestal for alterado será o fim da Floresta Amazônica. Uma insubstituível  Mata Nativa que por irresponsabilidade criminosa  do Congresso corre o risco de virar pó.
Existe um dado* alarmante que aponta para este possível futuro negro da Amazônia: Segundo o “Proder” - sistema de medição preciso do INPE  - o total da área desmatada no ano de 2010 foi de 7.000 km² (área mais de 4 vezes maior que a da cidade de São Paulo). Essa área desmatada corresponde a colossais 848.484 campos de futebol por ano (2.324 campos de futebol por dia) – tendo como base as dimensões do gramado do Estádio do Maracanã (110m x 75m). O que leva a crer que se as alterações do Código Florestal forem aprovadas, o destino da Amazônia   será possivelmente se transformar em  um gigantesco deserto.
Está mais do que na hora de se voltar para uma dança harmônica, alegre e lúdica em contato com a natureza. Sem o verde das Florestas para cantar, o que será do trovadores da MPB? 



















//COORDENADAS//


//Músicas//
/As músicas de Lenine para a Peça Breu do Grupo Corpo/ Dessa obra instrumental excelente, aqui vão algumas das ótimas faixas:

/Trovador/ Sensacional peça musical meio melancólica e com influências clássicas. Apresenta um trabalho de guitarra sutil  amplificando a instrumentação densa e nostálgica. Sexta faixa da obra.

/Pé no Mundo/  A quarta música da obra traz uma envolvente MPB rockeira, com um pé no experimental.

/Secular/  A penúltima e sétima faixa é um Frevo rasgado misturado com um enérgico Rock comandado por uma bateria poderosa.


/Violenta/ Última música que retoma o tema de abertura da obra e é a essência da mensagem do balé. Traz características experimentais (com atmosfera pinkfloydiana), que se combinam com ares de sertão, para depois, se enveredarem em uma viagem rockeira e adrenalizante, por uma estressante metrópole.   


//Outras Fontes//
/Site da Campanha #Floresta Faz a Diferença/

/*Fonte da Matéria referente à área desmatada da Amazônia em 2010/ Desmatamento na Amazônia cai um julho, mas 2011 supera 2010 [Fonte - Folha de São Paulo / Seção Ambiente (17/08/2011)].


//Imagens//
/Imagem de Abertura#1/ "Corpo no Chão" -  Imagem da peça "Breu" do Grupo Corpo.
/Imagem#2/ Capa do disco "Falange Canibal" (2001) de Lenine.
/Imagem#3/ "Salto no Ar" - Imagem do balé "Breu".
/Imagem#4/ Capa do LP "Na Pressão" (1999) de Lenine. 
/Imagem#5/ Cartaz da peça "Breu" do Grupo Corpo.
/Imagem#6/ Foto com o músico Lenine segurando o cartaz da Campanha #Floresta Faz a Diferença.
/Imagem#7/ Capa da obra "Olho de Peixe" (1992) de Lenine.
/Imagem#8/ Capa do disco "O Dia em que Faremos Contato" (1997) de Lenine.

Alerta Global

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 Mae Dae - Seria uma entidade? // Um nome aludindo a um significado tenebroso? // Um sinal  de pedido de socorro utilizado para avisar que um grupo de pessoas está em iminente perigo?













Mae Dae é um pedido de ajuda via sinais de rádio, indicando que pessoas dentro de barcos ou aviões estão em situação dramática. É também um alerta musical, em forma de um bem elaborado e moderno hard progressivo, com influências de Art Rock e tocado pela banda estadunidense "Enchant".
A música  Mae Dae é inteiramente instrumental, marcada por uma densa e incisiva intervenção de guitarra, que combinada com um tom mais dramático do teclado, confere ao instrumental um teor marcial de urgência. Ela está presente no excelente e inspirado trabalho de estreia do conjunto - A Blueprint of the World (1995). A banda seguiu a fórmula certeira do primeiro disco  nos seis lançamentos de estúdio seguintes [combinando baladas emotivas  com uma faixa instrumental, em meio a  intricadas e complexas (com vários temas) suites progressivas]. Mae Dae aparece também no último lançamento da banda: o disco ao vivo - Live at Last (2004). Com relação às músicas da banda,  ilustrando suas densas passagens sonoras, as letras oferecem uma essência existencial (superação, qualidade de vida, relacionamentos, medos etc.).














A instrumental Mae Dae,  de certa forma,  acaba se incorporando e  intensificando o  aviso de máxima urgência levantado pelo biólogo americano Thomas Lovejoy (professor da George Mason University - Virgínia - Estados Unidos): em 5 anos, o cenário da Floresta Amazônica poderá ser irreversível, pois está se aproximando em muito de um ponto sem retorno, cujo resultado pode custar a  sua sobrevivência. Devido a devastação da Floresta, pela exploração criminosa dos madeireiros e da agropecuária, que arrancam vastas áreas de Matas, através de queimadas e  cortes criminosos de árvores (com motosserras, fogo etc.); uso de veneno (lançado de aviões), para secar e matar grandes porções de  verde. Estas danosas alterações acabam por desregular o frágil e complexo ecossistema amazônico, aumentando assim o calor na Floresta, alterando as correntes de ventos, o preciso sistema de funcionamento dos rios de sua bacia e o mecanismo interno de controle de água (evaporação e absorção) da Mata.  













Com a Floresta sendo desmantelada em largas proporções, o seu sistema de auto-regeneração fica altamente comprometido. A Teoria da Bomba Biótica ilustra o chocante caso: como a  regulação do sistema hidrológico interno é pautada pelas árvores frondosas; as  áreas desmatadas, desertificadas e aplainadas não conseguem com eficácia lançar água do solo para a atmosfera (tarefa que as árvores fazem com perfeição), produzindo menos vapor, que acaba por promever um cenário com bem menos chuvas, ventos e umidade na área.  
Já foram desmatados 17% da Floresta Amazônica, em relação ao seu total, e segundo Lovejoy, o máximo que a Floresta consegue suportar sem entrar em colapso é da ordem de 20%.
Mas parece que os congressistas em Brasília não estão em nada preocupados com essa chaga na Amazônia, tanto que as alterações referentes ao Código Florestal (que promovem o desmanche da Amazônia) já foram aprovadas nas Comissões CCT (Comissão Ciência e Tecnologia)  e CRA (Comissão de Reforma Agrária). O que é um péssimo sinal de iminente tragédia ambiental. Resta agora passar pela pela Comissão do Meio Ambiente e pelo plenário da Casa (Senado). Depois, volta para os trâmites finais na Câmara. Portanto, estamos já em um segundo tempo adiantado do "jogo" (em que a preservação do meio ambiente vai perdendo).   














Se as propostas de alteração no Código forem aprovadas em instância final, o alerta do professor Thomas Lovejoy será completamente ignorado e jogado na lata do lixo da História: o período de 5 anos, como um "colchão" de urgência para se reverter a tendência de desertificação da Amazônia.
Então, o que fazer para combater este displante que é modificação do Código das Florestas [que dá licença e anistia para os desmatadoresextingue as Reservas Legais para as propriedades de até 4 módulos fiscais [na região Norte, 1 módulo equivale a 80 hectares (1 hectar é igual a  1 campo de futebol)] e se aprovada promoverá um massacre florestal (pois áreas maiores podem se desmembrar para módulos de 4 hectares); permite o avanço do desmate em APPs (Áreas de Proteção Ambiental), invadindo novos espaços nas encostas, nos  topos de morros e margens de  rios;  a destruição de Manguezais, via exploração comercial pesqueira  e uma série de outras calamidades]?  











É possível participar de um abaixo assinado contra esta irresponsável alteração e pressionar os senadores da Comissão do Código Florestal para votarem a  favor de medidas que protejam a biodiversidade e que sejam um obstáculo à essa sangria desatada sugerida pela alteração do Código.
#Chegou a Hora (Coalizão Floresta Faz a Diferença)














Deixar passar essas alterações lamentáveis referentes ao Código Florestal é atentar contra a legitimidade de uma nação. Estas modificações são o desaparelhamento do Estado, pois trazem em suas garras projeto de lei complementar (PLC - 01/2010), que enfraquece vergonhosamente as atribuições do IBAMA, pois  tira da esfera deste órgão a fiscalização do cumprimento das normas ambientais em estados e municípios (relegando o poder de fiscalização a orgãos ambientais locais, que muitas vezes são corruptos e fisiológicos, visando o lucro imediato em detrimento do meio ambiente). Esta aberração em forma de projeto não pode ser aprovada.

















Atualmente, o mundo perde cerca três espécies de seres vivos por hora e antes dos principais efeitos da mudança no clima - como afirma Paul Pearce Kelly (Curador-sênior da Sociedade Zoológica de Londres). Diz também que a taxa de extinção atual é 10 mil vezes mais rápida do que em qualquer outro período registrado. Com a inadimissível possibilidade de alteração do Código das Florestas, esse cenário apocalíptico poderá piorar ainda mais, arrastando consigo incontáveis espécies endêmicas, a  insubstituível área de remédios naturais, a  mais extensa  fonte inesgotável de comida saudável (quando utilizada de modo sustentável), a maior  biodiversidade  da Terra, que integram o pulmão e o agente regulador natural do clima planetário: Floresta Amazônica.  














Não podemos deixar a Amazônia se transformar em um deserto, onde encontrar um Oásis pode vir a ser uma missão quase impossível, em um lugar seco e morto, onde outrora havia a maior Floresta natural do mundo.
Que graça terá se o Brasil for campeão da próxima Copa do Mundo, com uma Floresta condenada? Campeões do que? Da devastação? Loas a quem (ao predador Ministro dos Esportes aldo rebelo)? Será instaurado o dia do Saci-pererê - aquele que foi expulso da Floresta e está mendigando nas selvas de pedra das grandes metrópoles brasileiras?  





















//COORDENADAS//
/Imagem de Abertura#1/ Olho (Desenho retirado do site da banda). Obs.: Infelizmente, o site do grupo parece estar com malware. Entrei lá, e o Avast bloqueou ameaças (esquisito).
Maiores informações sobre o Enchant
/Imagem#2/ Arte da capa do disco "Blink of an Eye" (2002). Um disco com ótimos arranjos musicais.
/Imagem#3/Capa do disco "A Blueprint of the World" (2002), um dos melhores do grupo e com faixas memoráveis. Certeza de várias audições sem cansar.
/Imagem#4/ Capa do disco "Break" (1998), um denso e consistente trabalho, só que mais pesado e "direto" (não tão sinfônico) em comparação com os demais.
/Imagem#5/ Capa do disco "Wounded" (1996), o segundo e um dos mais enérgicos e pesados trabalhos da banda (flerte direto com o hard rock).
/Imagem#6/ Desenho para o disco "Blink of an Eye". (Extraído do site do conjunto).
/Imagem#7/ Capa do disco "Time Lost" (1997), talvez o irmão do "Wounded", sem ser cópia-carbono.
/Imagem#8/ Capa do disco "Tug of War", sinfônico, pesado e com belas baladas. Destaque para a excelente faixa instrumental  "Progtology". 
/Imagem#9/ CD do disco "Tug of War".
/Imagem#10/ Capa do disco "Juggling 9 or Dropping 10" (2000), moderno e vintage, ao mesmo tempo. Belas texturas instrumentais e a posante e harmônica voz de Ted Leonard são o passaporte para esta aventureira viagem musical.
/Imagem#11/ Contracapa do álbum "Juggling 9 or Dropping 10".
/Imagem#12/ Contracapa do disco "Break".
/Imagem#13/Pinguins. (Desenho retirado do site do grupo).
/Imagem#14/ Desenho para o álbum "Blink of an Eye. (Retirado do site do grupo).
/Imagem#15/ Banda ao Vivo, no Headway Festival (2005). (Foto - Site da banda).
/Imagem#16/ Capa do disco "Live at Last" (2004) - registro ao vivo, com uma retrospectiva da carreira. O último lançamento do Enchant.     
/Imagem#17/ Banda em ação, no festival de rock progressivo "Nearfest". (Foto - Site do grupo).
//Músicas// 
/Mae Dae/ Breve faixa instrumental do disco "Blink of an Eye". Abre o disco ao vivo "Live at Last".
/Oasis/ Música contida no pimeiro trabalho da banda. Sua jornada de 9 minutos e pouco segundos encerra o álbum ao vivo "Live at Last".
//Fontes da Matéria//
/Amazônia por um Fio, em 5 anos Cenário pode ser Irreversível/ noticias.ambientebrasil.com.br/clipping (Portal Terra) (03/11/2011).
/Recursos Naturais podem ter Colapso em 40 anos, dizem Especialistas/ noticias.ambientebrasil.com.br/clipping (G1) (18/10/2011).
/Pega ladrão! Roubaram as atribuições do IBAMA - Artigo de Sérgio de Oliveira Netto/ Site - Jus Navigandi. 

O Sequestrador

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//Entrevista com o Cimento, o suposto sequestrador//




/1/ Caro Cimento, há uma polêmica atual te apontando como um sequestrador? 


Veja bem, não se trata do sequestro violento de pessoas, para  extorquir  familiares  exigindo vultosas quantias de dinheiro. Eu sei que durante décadas o meu nome foi associado com  o  crescimento desordenado das cidades, sendo que um  dos maiores símbolos são as  construções feitas com muito concreto (eu sou um dos integrantes mais importantes do tal concreto)  e nenhuma integração com a natureza (sendo a indústria do cimento responsável por até 7% da emissão de dióxido de carbono, hoje em dia). Este crescimento desordenado  das  metrópoles acabou por desmatar o entorno rico  em verde de um precioso ecossistema, que atualmente está  muito ameaçado (um exemplo claro é a  Mata Atlântica). Mas te garanto que o sequestro atual é para o bem.












/2/ Como assim?


Sempre admirei os projetos que me empregaram de forma sustentável. Exímios e visionários arquitetos construíram casas, prédios, escolas, templos  etc., que harmonicamente se integraram ao espaço natural em volta, em uma relação mutualista de preservação natural. Um exemplo que sempre gosto de citar  são os projetos orgânicos  do arquiteto modernista norte-americano Frank Lloyd Wright. Então, esta prática sustentável  seria o outro lado da moeda da minha utilização (distante das construções desplanejadas e insustentáveis das selvas de pedra poluídas de  inúmeras grandes cidades). Sendo assim, contra  os malefícios do aquecimento global, atualmente, fiz parceria com uma tecnologia verde, entrando nesta empreitada como  um agente sequestrador do CO2 (Dióxido de Carbono) - que é um dos principais elementos que contribuem para o aumento da temperatura global, através do efeito estufa. Acho que vou conseguir aprimorar o meu lado ecológico, ao sequestrar do ar as moléculas de dióxido de carbono.













/3/ Como funciona este processo de sequestramento de carbono?



Através de uma nova técnica de fabricação de cimento (isto é, da minha fabricação). No procedimento atual de cura utilizado pela indústria do cimento, uma reação química (desencadeada pela combinação da água com o cimento viscoso) gera no final do processo um cimento enrijecido. Já a nova técnica é diferente e  está  sendo coordenada pelo cientista Romildo Dias Toledo Filho (professor do Programa de Engenharia Civil da Universidade Federal do Rio de Janeiro). Esta técnica traz a novidade de se utilizar da reação química de carbonatação: no processo de cura do  cimento dentro de uma câmara com CO2, o hidróxido de cálcio presente no cimento (meu "chapa" de longa data) sequestra o vilão da história (CO2), formando através da reação (e ótima tática policial) o carbonato de cálcio (que é a prisão do CO2).         
















/4/ Há alguma previsão de quando você - Cimento Ecológico - estreará no mercado com esta nova roupagem?



Olha, o procedimento ainda precisa passar por mais algumas experiências, como, por exemplo: a quantidade de CO2  que o cimento  pode resgatar durante os testes de laboratório [processo que começa quando o cimento pastoso (no momento em que sou bebê)  é colocado dentro da câmara de gás]. Este processo de cura pode demorar horas ou até dias (dependendo da composição do cimento). Ainda é um desafio estabelecer qual  é  o melhor momento para se fazer o procedimento da cura.














     




/5/ Esta sua nova composição sem dúvida é bem saudável. Que outros cuidados você costuma ter com o meio-ambiente.


Um cuidado que acho fundamental  e que está inserido neste novo projeto sustentável é a substituição de recursos naturais finitos por outros recicláveis e limpos (em fase de pesquisa). Estou diminuindo muito a minha pegada ecológica, ao substituir materiais de minha composição, como pedras e placas de árvores, por  fibras naturais: coco, juta, sisal (que são mais resistentes que as demais fibras e excelentes para a fabricação de um cimento mais reforçado). Assim, fico mais forte, saudável e parceiro da natureza. Com isso, poderei dormir sossegado nas linhas  sinuosas de uma construção amiga e integrada ao meio ambiente. 

















/6/ Qual é a sua visão para o futuro?



Tenho a obrigação de contribuir para estancar o atual processo destrutivo em que o Planeta se encontra. Estamos passando por um período de ganância egoísta e consumista que relega a bioversidade  a um papel de  mera  serviçal do insaciável apetite humano, que  visa, em incontáveis casos,  somente à riqueza material e ao acúmulo de poder. Este modelo não é sustentável e levará  a Terra ao colapso  se continuar do jeito que está. É por isso, que práticas autossustentáveis  e de congraçamento com a natureza são a única possibilidade de se manter um Planeta viável para uma futura vida equilibrada. Sei que tenho a minha culpa no cartório (quase todos eles são de concreto), pois fui muito utilizado (e continuo a ser) em construções horrendas, inimigas da natureza (por solapar o entorno) e movidas exclusivamente pelo motor do lucro ganancioso e rápido. É por isso que vejo como fundamental esta minha nova essência mais amigável com a natureza. Afinal, o concreto (de que faço parte) é o material de construção mais usado do Planeta, e precisa mais do que nunca ser sustentável para absorver o impacto ambiental do crescimento econômico desenfreado de países que fazem parte da economia emergente. E, espero que, logo, surja um produto totalmente natural para me substituir (afinal, tenho em minha constituição minério de ferro, argila, calcário e gesso - elementos que são finitos). Enquanto isso, pretendo evoluir cada vez mais pelas ações de pessoas que realmente se mostram preocupadas com a preservação dos ecossistemas e com o futuro.      
















/7/ O que gosta de fazer para relaxar de seu cansaço estrutural?



Antes de mais nada escolhi um lugar tranquilo para morar, que é um dos símbolos da arquitetura orgânica, ao promover uma interação harmônica com a natureza (se  integrando horizontalmente  com os topos das colinas da região). O local é uma construção que fica em San Rafael - Califórnia, no Condado de Marin. Foi projetado por Frank Lloyd Wright e se chama "Marin County Civic Center" - uma construção concluída em 1969 e que passou admiravelmente bem pelo teste do tempo, pois  até hoje se mantém moderna e atemporal.
Para espairecer, procuro sempre assistir a filmes, ouvir música e ler sobre os mais diversos assuntos, com destaque para a cultura oriental,  mitologia celta e poesia concreta. 
Assisti a cenas de alguns filmes que foram rodados nas partes internas e externas do "Civic Center", e, certamente, a utilização das  linhas modernas desta construção nas  cenas arrojadas e sofisticadas de filmes como "Gattaca" e "THX" oferecem um forte e inigualável  impacto estético e emocional. Sem dúvida, a essência libertária dos dois filmes se projetam nos espaços amplos, angulosos e abertos do "Centro Cívico".       















Com relação à música, presenciei um grande show de rock no "Marin County Civic Center", em 1974. Até hoje, costumo ouvir esse excelente trabalho que é o "Frampton Comes Alive". As músicas deste disco ao vivo envelheceram muito bem e não soam datadas. Gosto muito de  uma faixa curta, agradável e instrumental (que lembra muito o trabalho acústico do guitarrista Steve Howe): Penny for Your Thoughts











/8/ Muito obrigado pela entrevista.


Eu que agradeço e um firme abraço.


















//COORDENADAS//
/Fonte da Matéria/ Débora Motta (FAPERJ).
/Outras Fontes/
/Wikipédia/
/Coleção Folha Grandes Arquitetos - Volume 1/
/Imagem de Abertura(1)/ Cena do filme futurístico "THX" (1971), de George Lucas (Fonte: Site - Movie Goods). Também os prédios do "Marin County Civic Center" serviram de inspiração para as construções que aparecem no Planeta Naboo, da série "Guerra nas Estrelas".
/Imagem(2)/ O foguete do filme "Gattaca" (1997) - uma fábula sobre a superação humana. Abaixo, outro pôster do filme (Site - Movie Goods).









/Imagem(3)/ Vista panorâmica do "Marin County Civic Center", cuja obra se assemelha a uma nave espacial (e é um complexo que engloba o Palácio da Justiça, uma  biblioteca central, o prédio dos correios e os escritórios administrativos).
/Imagem(4)/ Ethan Hawke como o protagonista do filme "Gattaca".
/Imagem(5)/ Vista panorâmica lateral do "Marin County Civic Center" (Foto - Scott Zimmerman).
/Imagem(6)/Cena, que se passa no interior do "Civic Center", do filme "Gattaca".
/Imagem(7)/ Espaço interno do "Civic Center", que é uma espécie de claraboia (Site - buckwildbill).
/Imagem(8)/ Janela que oferece  uma visão da torre, no "Civic Center" (Site - Trip Advisor).
/Imagem(9)/ Panorâmica esverdeada do "Marin County Civic Center" (Site - Lotus - General Contractors Inc.).
/Imagem(10)/ Cena do casal do filme "Gattaca" em  uma passarela de concreto.
/Imagem(11)/ "Civic Center" visto de cima (Site - buckwildbill).
/Imagem(12)/ Escadaria do "Civic Center" que aparece no filme "THX 1138" (Site - Motive Art).
/Imagem(13)/ "Nave Espacial"  e  piscina do  "Civic Center" (Site - Libray Sonoma Education).
/Imagem(14)/  Pôster do filme "Gattaca" (Site - Movie Goods).
/Imagem(15)/ Pôster do filme "THX 1138" (Site - Movie Goods). 
/Imagem(16)/ Encarte interno do disco "Frampton Comes Alive" (1976) (Site - Free Covers).
/Imagem(17)/ Torre e "Nave Espacial" do "Marin County Civic Center" (Site - Tchain).