Paisagem Insubstituível

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Vivendo em harmonia plena com a natureza e longe do barulho devastador da Segunda Guerra Mundial. Essa é a história verídica de  Hiroo Onoda - um soldado japonês abandonado em uma ilha. A banda Camel musicou tal  fato insólito em uma lírica  odisseia progressiva  presente no álbum conceitual "Nude" (1981). O nome do disco é  inspirado no sobrenome da família do soldado - Onoda. Quando resgatado, Hiroo não sabia que a guerra havia terminado. O isolamento do  soldado em  uma paradisíaca floresta intocada fez com que sua vida fosse poupada. Talvez a mensagem da obra, ao mostrar a dicotomia Paz x Guerra, seja mostrar que a única saída para a humanidade é viver em paz (com a natureza e consigo mesma). 

















O disco é uma mescla de  cativantes faixas cantadas com peças instrumentais (verdadeiros poemas sonoros). "Landscapes" é uma das  mais   intensas  músicas instrumentais do álbum. Transmite de maneira ímpar e transcedental  a sensação do   quanto a natureza  é deslumbrante e preciosa. Uma verdadeira dádiva para os sentidos. O tom musical de "Landscapes" é suave, meditativo e ao mesmo tempo denso. Uma peça acústica, onde a flauta e o piano são as cores adjuvantes de um arco-íris onipresente que sugere a presença divina e mágica da natureza. A profundidade  musical dessa  faixa parece suscitar uma relevante questão essencial: a irrevogável preservação das  insubstituíveis espécies do Planeta Terra.   













   

Levou quase três minutos para a banda Camel criar uma das faixas mais emocionantes dentro do rock progressivo. A composição, que une de maneira impecável new-age com música clássica, consegue traduzir com grande sensibilidade o pulsar harmônico e simbiótico do mundo natural. Ela foi composta pelo líder do conjunto - Andy Latimer (que toca flauta nessa música).  


/Landscapes (Versão de Estúdio)/










Que "Landscapes" seja um chamamento para a preservação da natureza, antes que seja tarde demais, evitando assim que essa peça instrumental de celebração da vida  se  torne um "réquiem de despedida" ("Veja a beleza que tínhamos e perdemos para sempre"). Que o canto do pássaro seja ouvido.        

















//COORDENADAS//
/Imagem(1)/ Voo da Arara (Site - Papel de Parede).
/Imagem(2)/ Capa do disco "Nude" (1981) - da banda Camel (Site - Free Covers).
/Imagem(3)/ Queda de São Francisco na Floresta Amazônica Equatoriana (Blog - worldfamousplaces).
/Imagem(4)/ Encarte do disco "Nude" (Site - Free Covers). 
/Imagem(5)/ Mico da Floresta Amazônica (Blog - worldfamousplaces).
/Imagem(6)/ Boto da Amazônia (Site - Melhora Agora Org.).
/Imagem(7)/ Mico e Arara (Foto - Solent). A amizade entre os dois faz com que a Arara leve o Primata para o topo da árvore.
/Wikipédia/

Estrela do Pantanal

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Saindo do espectro das luzes difusas e frias  da madrugada  projetado em chapados concretos de uma grande metrópole para a luminosidade vívida e multicolorida do Pantanal, o Capitão da Meia-Noite se transforma em uma Criatura, harmonicamente integrada com a natureza, cujo olhar multissensorial  revela um panorama aprofundado e intensificado da vida dinâmica e diversificada da paisagem pantaneira.











Se essa criatura fosse uma música, seria quase que como uma sinfonia mesclada com uma balada em forma de MPB. Diferentes e ricos gêneros musicais perfeitamente combinados que criam uma serenata-progressiva. Tal como  o  homem do Pantanal em interação sábia e mutualista com o natural. Já que está profundamente imerso em um mundo multifacetado de experiências e estímulos, se tornou um  ser que é parte indissociável de um complexo ecossistema. Tal como a personagem Juma (Mulher-Onça) - aquela dos velhos pantanais.








   
   



"Estrela Natureza" é a canção-sinfônica da dupla Sá e Guarabyra, que está presente na trilha sonora (que também  tem outros  artistas da MPB) da novela "Pantanal"(1990). Também é a oitava faixa do disco "Vamos por aí" (1990) da dupla. Uma  poética e tocante música que se  combina perfeitamente com outro  trabalho  feito para a novela - "Suíte Sinfônica" (1990), trilha inteiramente instrumental (com toques progressivos e de new age), que foi  composta por Marcus Viana. Se a faixa "Estrela Natureza" fosse incluída no disco "Suíte Sinfônica", passaria naturalmente como se fosse uma composição da dupla em parceria com o violinista Viana.








/Estrela Natureza - Versão Estúdio/










É de vital importância pressionar a presidente Dilma para que ela vete pontos nefastos  referentes ao Código Florestal que promovem o desmanche dos Ecossistemas Brasileiros. A atual redação do Código (com alterações danosas já aprovadas na Câmara e no Senado) é um total desastre para o Meio Ambiente, ao permitir o avanço do desmate em áreas de reserva legal e de proteção permanente, além de anistiar o extensa devastação já feita por proprietários de terras em matas nativas
Assine o abaixo-assinado para que a Presidente abra os olhos  e  vete  as calamidades propostas pela bancada do agronegócio. Se Dilma aprovar o projeto de lei  do Código Florestal , promoverá uma sangria desatada para a Flora e Fauna brasileiras. Este proposta sinistra (que amplifica massivamente o desmatamento) não pode calar e matar o que o Brasil possui de mais precioso: sua natureza única.











/#VETADILMA! (Campanha #Floresta Faz a Diferença)/


















//COORDENADAS//
/Imagem de Abertura#1/ Onça-Pintada (Site - Jaguarin Pantanal).
/Imagem#2/ Curva de Rio no Pantanal (Site - Planeta Terra 2010).
/Imagem#3/ Capa do disco "Pantanal - Suíte Sinfônica (1990), do compositor Marcus Viana.
/Imagem#4/ Capa do disco "Vamos por aí" (1990), da dupla Sá e Guarabyra.
/Imagem#5/ Amanhecer no Pantanal (Site - Girafamania).
/Imagem#6/ Suçuaruna em Alerta.
/Imagem#7/ Onça-Pintada na Mata (Blog - Caderno de Garranchos). 

Capitão Brasa da Noite

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Uma  música  que  é  o congênere urbano da clássica canção "Criaturas da Noite", do  conjunto "O Terço".  Enquanto  a  canção do "Terço" possui uma essência de vida  interiorana no mato, a primeira é tradução da noite em puro asfalto e concreto de uma grande metrópole. "Capitão da Meia-Noite" confere uma mistura de  rock vigoroso com MPB, em estilo balada. Ela abre o inspirado disco "O Paraíso Agora" (1984), da dupla Sá e Guarabyra. Há mais uma semelhança entre as duas músicas: o compositor Luiz Carlos Sá é coautor de ambas [em "Criaturas da Noite", a parceria é com Flávio Venturini, já em "Capitão da Meia-Noite" é com o chapa Guarabyra). Então, de certa forma, a música do Capitão  traz  em  seu  dna  sóbrios ecos do movimento musical "Clube da Esquina" (que influenciou bastante a carreira da dupla Sá e Guarabyra e a do músico Flávio Venturini).





        










A balada do Capitão não quer saber dos raios de sol, e sim de adentrar pelo mundo noturno e  seus desdobramentos inesperados. Talvez a brasa da boêmia seja a grande luz dessa música cativante e alto-astral, que não apresenta vampiros soturnos ou lobisomens sorrateiros escondidos em vielas escuras. O sinal do "outro mundo"  é emitido pelas luzes artificiais da cena noturna da grande cidade. A densidade instrumental, com destaque para a  guitarra em estilo  jazz-fusion e para o coro de vozes, confere uma vivacidade toda especial a este voo noturno. O canto de um Capitão boêmio fascinado pela estranha magia de um  mundo notívago que se desmancha diante da luz do sol.   







/Capitão da Meia-Noite (Versão de Estúdio)/

















//COORDENADAS//
/Site - CliqueMusic/
/Imagem de Abertura(1)/ "Ciclistas Noturnos" (ou "A Noite é uma Criança")   (Site - Bike Magazine).
/Imagem(2)/ Capa do LP - "O Paraíso Agora" (1984), da dupla Sá e Guarabyra (um dos melhores trabalhos do catálogo da banda). 
/Imagem(3)/ "Ladeira de Ouro Preto" (Foto - Elmo Alves).
/Imagem(4)/ Capa do disco  - "Sá e Guarabyra" (1994).  
/Imagem(5)/ "Arcos Coloridos" (Site - Olhares).

Boogie Digno de Nota

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Melódico, vigoroso e compassado. Um Boogie que faz, com perfeição, juz a uma das definições folclóricas acerca deste gênero musical: seria como a cadência de um trem transportada para os acordes e solos dos guitarristas blueseiros.  "Buck's Boogie" é uma memorável "locomotiva" musical-instrumental da banda norte-americana "Blue Öyster Cult". Encorpada por  uma  guitarra  acelerada e afiada  e  um teclado "cheio", que cria os contrapontos ("as  paradas na estações"). Temos também locomotivas a todo o vapor (bateria, baixo e guitarra de apoio) , não deixando o trem descarilhar em momento algum.  Quando ao estilo musical, além do próprio blues, "Buck's Boogie" traz em sua essência a alta carga de um inspirado hard rock, que por sua vez é combinada com um jazz-fusion mais viajante (vide a parte mais lenta da faixa).       














Inusual o fato de a música "Buck's Boogie" não ter sido incluída em nenhum dos três primeiros discos de estúdio da banda. Ela só foi aparecer no primeiro disco ao vivo do "Blue Öyster Cult" - "On Your Feet or On Your Knees" (1975), em uma levada bem enérgica e pesada (de 7 minutos). Em 2001, "Buck's Boogie" é acrescentada na versão remasterizada (de 5 minutos e 21 segundos) do segundo trabalho de estúdio da banda - "Tyranny and Mutation" (1973). A inspirada composição do principal guitarrista do BÖC - Donald "Buck Dharma" Roeser - também aparece em outros discos ao vivo: "Live 1976" (com uma versão super-estendida de 19 minutos e 3 segundos), "Extended Versions" (2004) (com uma versão de 6 minutos e 26 segundos) e no dvd ao vivo - "A Long Day's Night" (2002) [com uma excelente versão modernizada (de 6 minutos e 25 segundos)].  











/Buck's Boogie (Versão do disco ao vivo - "On Your Feet or On Your Knees")/



/Buck's Boogie (Versão do dvd ao vivo - "A Long Day's Night")/











O disco voador do BÖC vai pousar, pela primeira vez, na cidade de São Paulo, no próximo dia 24 de fevereiro. E há chances de a banda tocar "Buck's Boogie" - o trem-espacial de outro mundo.















//COORDENADAS//
/Imagem(1)/ Encarte do Disco "On Your Feet or On Your Knees" (1975) (Site - Discogs).
/Imagem(2)/ Encarte do Álbum "Tyranny and Mutation" (1973) (Site - Discogs).
/Imagem(3)/ Capa do LP "On Your Feet or On Your Knees" (Site - Discogs).
/Imagem(4)/ Capa do Álbum "Tyranny and Mutation" (Site - Wikipédia).
/Imagem(5)/ Capa-Dupla Interna do LP "On Your Feet or On Your Knees" (Site - Discogs).
/Imagem(6)/ Capa do Álbum ao vivo - "Extraterrestrial Live" (1982), com desenho do artista Greg Scott (Site - Discogs).
/Imagem(7)/ Lado 2 do Vinil de "On Your Feet..." (Site - Discogs).

//FONTES//
/Wikipédia/
/Prog Archives/