Num Passe de Mágica

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Sempre surgem ótimos exemplos de como reaproveitar materiais usados/obsoletos que teriam o destino da lixeira se não fossem resgatados por criativas soluções que  propõem novos e práticos usos. O sentimento final de quem recria tais objetos, com novas formas, é de ataraxia, ou seja, de serenidade, ao perceber que está contribuindo para a não poluição da natureza através de uma ideia inovadora (que poderia muito bem ser chamada de toque de midas da reciclagem).














No exemplo acima, galhos secos (aparentemente sem serventia) se transformam em um robusto urso (que para um olhar mais desavisado parece até real em uma perfeita ilusão de ótica).






Um eqüino feito de galhos e troncos entrelaçados que mais parece um cavalo de corrida, devido a sua forma fluida (ou druídica?).






Tampinhas de garrafas de refrigerantes ao invés de serem jogadas ao mar, ocasionando a morte de inúmeras tartarugas e outros bichos, são reunidas para formar um mosaico vivo e multicolorido, enfeitando a cidade e promovendo conscientização lúdica frente à preservação dos golfinhos e das tartarugas marinhas.


   

Essas divisórias elegantes e vibrantes não parecem ser feitas de garrafas vazias de cerveja. Elas se integram perfeitamente ao ambiente sóbrio do espaço, passando uma sensação de serenidade.






No caso acima, a imaginação foi longe (para Xanadu?) e resolveu criar um teto orgânico, luminoso e  em forma de escultura, se valendo de garrafas recicladas. Economizou material novo ao preferir outro fadado ao descarte.








O gênio da lâmpada em ação? Aqui o sujeito nem precisou daquele gênio que vive no interior dela, e  num  toque criativo  materializou o seu desejo: lâmpadas queimadas que em um "passe de mágica" tornam-se lamparinas sofisticadas.






A cartola do criador dessas informais esculturas uniu o útil ao agradável: através da sabedoria de seu mago transformou rolos de papel higiênico no bicho (não o coelho) que representa o símbolo da sapiência (aqui em uma versão bem despojada).





Essa luminária com belo design é feita com material de ponta?  Com certeza, a peça tem um belo e hipnótico visual, mas não é feita com material novo e sim reciclado, no caso, galão de água (no lixão vira um mostrengo) e colheres descartáveis. Parece até iluminação de interior de nave espacial.







Shazam!: o começo, o meio e o fim do "número", que como resultado final agrega anéis de latas de refrigerantes em um novo "planeta" de energia limpa:





No caso, uma luminária global e escultural, cujos anéis não são de Saturno. Coisa de mágica.







O barco em questão é ágil, aerodinâmico, resistente, bem leve e "novinho em folha" (isto é: feito inteiramente de garrafas pet). Ele é quase como um tapete voador.





Uma parede de alta tecnologia, transparente e com design moderno (conferindo mais leveza ao ambiente). Ilusão? Não, é só se aproximar da parede e observar que ela é construída por "tijolos" de garrafa pet.





Garrafas pet também podem virar objetos úteis, sofisticados e que alegram o ambiente. Assim, o jornal nunca será perdido dentro de casa (graças à moderna prateleira), e o candelabro estará sempre à vista (tornando-se também um objeto de ornamento). Uma celebração alquímica?







Com ações criativas de reciclagem que  criam novas formas e  utilidade para materiais até então obsoletos, a natureza é preservada; e o que  era aparentemente sem serventia torna-se um bem útil e apreciado (o que parecia lixo começa a brilhar).





O disco "Ataraxia" lançado em 1977 pelo "Passport" é um dos melhores da discografia do conjunto germânico, por criar  coloridos e inventivos arranjos musicais, bem como memoráveis temas melódicos, que remetem ao jazz e ao rock progressivo. Outro ponto que não passa despercebido no álbum é a impressiva capa feita pelo desenhista Bengt Böckmann, cuja obra destaca a relação do homem com a natureza.
Uma das mágicas hipnóticas desse disco é a brihante:









//DA CARTOLA//
//Cartola Preta// Wikipédia

//Outras Miragens// Quase todas as imagens foram cedidas por Dariane da Assessoria Cultural do Cineclube Cultural Jorge Comassetto (Centro Regional de Cultura Rio Pardo - RS), com exceção das seguintes:
//Novos Bichos da Cartola//
/Mágica Jazzística (1)/ Capa do LP  "Ataraxia" (1977)  da excelente  banda  alemã de jazz rock "Passport" (Site - Discogs).
/Mágica HQ (2)/ Mandrake em um Passe de Ilusionismo. O mágico telepata se valia  de  uma  potente técnica  visual e  gestual  de  hipnose  para  dominar  seus inimigos, cujas armas se transformavam imediatamente em rosas ou pombas.
/Mágica Fusion (17)/ Contracapa do disco "Ataraxia" (Site - Discogs).
/Voilà Mágica (18)/ Capa do gibi em francês do Mandrake. O ilusionista criado por Lee Falk (que também concebeu o personagem Fantasma e o seus inseparáveis amigos: o lobo Capeto, o cavalo Herói e o falcão Fraka) habitava o reino montanhoso e fantástico de Xanadu.