Um Mergulho na Carreira

0 comentários







 


O tecladista e compositor Rick Wakeman toca nesta próxima quarta-feira (21/11/2012) na cidade de São Paulo (ainda há ingressos para o show extra que fará neste dia). O show será um retrospecto da longa carreira do músico de formação clássica. Wakeman  é considerado um  dos principais tecladistas virtuoses  do Rock. Integrou a  banda Yes no auge do Movimento Progressivo durante a década  1970. "Fragile" (1971) e "Close to the Edge" (1972) são o  ápice  do grupo  e álbuns clássicos definitivos do Progressivo, ao combinarem com maestria e encantamento a Música Clássica com o Rock. As capas oníricas  de Roger Dean  feitas para o Yes ampliaram ainda mais a mensagens positivas das letras sempre combinadas com os  temas musicais solares e contemplativos das suítes sinfônicas. Junto com o Yes, o tecladista também lançou outros discos não menos memoráveis, mas que não foram aclamados como os dois anteriores: o polêmico e  denso " Tales from Topographic Oceans" (1973) (que o próprio Rick Wakeman não gosta), o lírico e elaborado "Going for the One" (1978) (a primeira volta de Wakeman ao Yes), o criativo "Tormato" (1978) [insatisfeito com o disco, o músico deixa a banda, mais uma vez, para retornar décadas depois no excelente e  com um acento mais pop "Union" (1991)]. Após o lançamento de "Tales from Topographic Oceans", Wakeman dá início à  sua prolífica carreira solo, [85 discos de estúdio (sem contar os gravados ao vivo) com influências da Música Clássica, do Progressivo, da New Age e da Música Pop] lançando um  disco conceitual e instrumental (a carreira do músico combina discos cantados com outros instrumentais) sobre a vida conturbada das esposas do rei Henrique VIII - "The Six Wives of Henry VIII" (1973) (o álbum conta com a participação de vários integrantes do Yes, e é um dos grandes sucessos da carreira do tecladista). Temas conceituais [históricos, sobre a natureza, fantasiosos, literários,  esportivos, cinematográficos (trilhas sonoras) etc.]  aparecem com  frequência nas obras do músico. Alguns outros exemplos de discos conceituais de Wakeman:
 




 
"The Myths and Legends of King Arthur and the Knights of the Round Table" (1975): outro grande sucesso do tecladista, este álbum cativante sobre a lenda do Rei Artur e dos Cavaleiros da Távola Redonda mescla com maestria as letras do mito com os temas grandiloquentes e inspirados;






 




 

 
 Trilogia  "Airs" ["Country Airs - The Piano Solos" (1986); "Sea Airs" (1989); "Night Airs" (1990)]: uma série que  se vale da New Age para musicar elementos da natureza;

 






 
"Journey to the Centre of the Earth" (1973): uma história narrada, musicada e gravada ao vivo no Royal Festival Hall, com a presença da London Symphony Orchestra. Esta adaptação sinfônica capta com perfeição a essência da obra de mesmo nome do escritor Júlio Verne.
A turnê do álbum "Journey..." passou pelo Brasil em 1975, com shows na cidade do Rio de Janeiro e em São Paulo (Ginásio da Portuguesa);




 
 
 
 
"G'olé" (1983): trilha sonora para a Copa do Mundo de Futebol na Espanha. O disco apresenta bons temas instrumentais que  traduzem com  exatidão e emoção o clima de competição e de confraternização de uma Copa do Mundo.

 

 
 
 
 
 
 
 
"Rick Wakeman's Criminal Record" (1977) é um disco conceitual  sobre criminalidade (uma espécie de compilação sobre crimes marcantes na história da humanidade). O  álbum conta com a participação de dois integrantes do Yes: Chris Squire e Alan White. "Statue of Justice" abre o álbum em grande estilo, exibindo toda a força  criativa de um  típico Rock Progressivo muito bem executado.
 



 
 
 


 
 
O tema instrumental "Sea Horses" faz parte do disco-duplo "Rhapsodies" (1979), um álbum não conceitual que foi gravado nas montanhas da Suiça. A faixa é uma suave balada instrumental, com destaque para um instrumento que quase sempre é coadjuvante: o baixo.




 
 


 
 

 

 
 

Para encerrar, vale destacar o libelo ecológico "Don't Kill the Whale" do suntuoso álbum "Tormato" (1978) , conhecido por ser um trabalho de transição do Yes. Depois dele, a formação original da década de 1970 se dissolveria [e só voltaria a se reencontrar no álbum "Union" (1991)]. Em termos musicais, depois de "Tormato" (ainda um álbum Progressivo, mas embebido em influências pop), o grupo alcança um novo direcionamento musical [que atingirá o auge com o lançamento do excelente disco "90125" (guiado por  um som mais comercial e não menos sofisticado. O álbum apresenta nítidas influências da New Wave, reverberando os ecos progressivos que fizeram o nome da banda)].



 


 
 







//MERGULHANDO NO SOM//



/Prog Archives/

/Wikipédia/

/Imagem#1/ Capa do Disco "Sea Airs" (1989) - o segundo da Trilogia "Airs".

/Imagem#2/ Arte da Capa do Disco "Tales from Topographic Oceans" (1973) do Yes. O desenho é de Roger Dean.

/Imagem#3/ Encarte do Álbum "The Myths and Legends of King Arthur and the Knights of the Round Table" (1975).

/Imagem#4/ Capa-dupla do Disco "The Myths and Legends of King Arthur...".

/Imagem#5/ Capa do Álbum "Night Airs" (1990) -  o segundo da Trilogia New Age "Airs".

/Imagem#6/ Capa e Contracapa do Disco "Journey to the Centre of the Earth" (1973). Uma combinação bem-sucedida de Rock com Música Clássica (incluindo Corais) (Site: Discogs).

/Imagem#7/ Capa do LP "G'olé!" (1984) (Site: Bandhits).

/Imagem#8/ Capa e Contracapa da Obra "Rick Wakeman's Criminal Record" (1977).

/Imagem#9/ Capa do LP "Rhapsodies" (1979) (Site: Discogs).

/Imagem#10/ Contracapa do LP "Rhapsodies" (Site: Discogs).

/Imagem#11/ Capa-dupla do Álbum "Tormato" (1978). A Capa foi criada pelo estúdio Hipgnosis.

/Imagem#12/ Capa do LP ao vivo "The Yesshows" (1980). O desenho da Capa é de Roger Dean. Neste álbum, encontra-se uma outra versão para "Don' Kill the Whale".