Inseparáveis

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"She and Her Cat" (Their Standing Points) (1999)  foi o primeiro desenho animado dirigido pelo designer gráfico Makoto Shinkai.
Este anime japonês mostra a relação entre um gato e sua dona, pela perspectiva do felino (que tenta compreender atitudes e comportamentos de um ser humano, pelo qual nutre um amor incondicional). A película é em preto e branco (fortalecendo o conceito de apreensão da realidade pelo bicho, já que cachorros e felinos enxergam em monocromo).
Depois deste curta de  animação, Shinkai dirigiu 5 longas metragens em forma de desenho animado, em que a cor (ressaltando o azul e o vermelho) e a riqueza de detalhes das animações são de uma exótica beleza. O destaque vai para a impactante e poética  ficção científica antibélica "Além das Nuvens (O Lugar Prometido)" / ("The Place Promised in Our Early Days") (2004). 















"She and Her Cat" é um curta-metragem de quase cinco minutos e dividido em 5 seções, que mostram pelos olhos de um gato a  passagem do tempo, que se esvai nas rápidas mudanças de estações do ano. Se a passagem de tempo é  presenciada pelo felino com interesse e com interação (já que sente em seu corpo as marcantes peculiaridades de cada estação), a  vida de sua dona é observada com total atenção e obsessão, denotando um forte  amor  do  bicho por ela (que  procura compreender certos  acontecimentos e estados de espírito, pelos quais passam a sua dona: desavenças, stress, desolação, alegria, afeto...). Além disso, ele está sempre à espera de um novo afago (cujo resultado é um júbilo de alegria para os seus sentidos).











A atenção do felino aos passos de sua dona  é máxima e superamplificada (graças à audição de alto alcance e ao olfato bem desenvolvido movidos por paixão). Assim, ao longe, o bicho detecta a presença  de sua companheira [a  cena  do trem embarcando, no final, é um dos pontos altos deste excelente anime). 
Com o passar do tempo, das estações, das atividades e das relações, há uma única palavra que faz valer a vida e é dita pelos dois protagonistas no epílogo do filme.






      

A voz do gato, o narrador do conto, é feita pelo próprio diretor Shinkai (na narração em japonês).

/She and Her Cat (com narração em Inglês)/

















//COORDENADA//

/Wikipedia//wIKIDEA

Sócio da Light?

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Devido à modernização (com a  consequente automação das indústrias) e  ao enriquecimento da população brasileira (com o consumo de mais produtos e serviços  impulsionado pelo crescimento da Classe C) ocorre um impactante aumento do dispêndio de energia elétrica.  










No Brasil, por exemplo, o consumo de energia elétrica cresce oito vezes mais em comparação com os países desenvolvidos. Dessa forma, aumenta-se a demanda para a ampliação e a modernização dos parques produtores e distribuidores de energia (chegando ao ponto de se  construir gigantescas hidrelétricas em plena  Floresta Amazônica e de se dar prosseguimento ao projeto nuclear de Angra).  










Com o desenvolvimento das usinas eólicas e da utilização de fontes renováveis de energia (biodiesel, etanol etc.), que contribuem para a diminuição dos gases causadores de poluição e do efeito estufa, alavanca-se o desenvolvimento de vias alternativas e sustentáveis de uso energético (que no futuro poderão ter uma participação considerável e de peso na matriz energética).










Os consumidores também podem fazer a sua parte e contribuir para um uso mais parcimonioso de energia, evitando  utilizações desnecessárias de  diversas fontes (e cooperando com o meio ambiente).












A seguir, algumas dicas para se economizar energia de maneira prática (10% a 20% de economia per capita já é um diferencial significativo):








LÂMPADA




Saber escolher uma lâmpada adequada faz uma grande diferença quanto ao gasto no consumo de energia elétrica.


A lâmpada fluorescente (foto acima) custa um pouco a mais que a comum (incandescente), consumindo 70% menos energia e durando oito vezes mais.

O único contratempo é que a fluorescente possui mercúrio em seu interior (elemento químico tóxico), precisando ser descartada em lugar adequado (como em repositórios oferecidos em alguns supermercados).









A lâmpada comum não é tóxica e por isso mesmo, é fácil de ser descartada. No entanto, desperdiça 95% de sua energia em forma de calor.

Já a lâmpada em Led (recente no mercado brasileiro) dura bastante, não é tóxica e apresenta alta eficiência. O único senão é o preço salgado.

Veja os gastos com a utilização destes três tipos de lâmpadas em uma residência, durante cinco anos:
















LUZ NATURAL



É interessante se valer do uso gratuito e nada dispendioso da luz natural do sol. Este uso pode ser feito através de claraboias e de aberturas na parede. Com a aproximação de mesas de leitura à fonte de iluminação natural, é possível obter o melhor aproveitamento de incidência da luz solar.








COR CLARA



Valendo-se da textura clara em tetos e paredes é possível criar um vívido e vibrante espaço (que reflete a luz para todo o ambiente).







FOTOCÉLULAS



Com o uso de fotocélulas nos espaços externos, as luminárias só acendem à noite (vide os postes de iluminação pública) e isso faz com que a energia seja acionada somente nos momentos necessários.









SENSORES E ECONOMIA DE LUZ



Para  o controle  de luz em corredores, escadas  e  outras  passagens é interessante a instalação de temporizadores/sensores de presença embutidos nas lâmpadas. 

A instalação de dimmer é um  método eficiente para controlar a intensidade da luz  e  também para economizar energia.

Sócio da Light? É simples não gastar energia  à toa: em lugares onde não  se  tem viva alma mantenha as luzes apagadas. 








LUSTRES LIMPOS

  


Lustres e globos transparentes que são devidamente  limpos resultam em uma maximização do uso de energia, evitando deperdiçar parte do consumo.









PAINEL SOLAR



O sistema de painel solar de aquecimento de água é uma fonte alternativa, eficaz e não poluidora de energia.








O AR E OS APARELHOS

 
 
Os filtros dos condicionadores de ar devem ser mantidos limpos. E os aparelhos desligados quando ninguém estiver no recinto.

Quanto às geladeiras, não convém forrar suas prateleiras, pois isso cria um bloqueio para a passagem de ar e assim faz com que se gaste mais energia.







OS APARELHOS

 


Fogão e geladeira juntos (lado a lado) não é uma boa ideia. Uma combinação que traz interferências, suga energia em excesso e faz com que os aparelhos tenham o desempenho prejudicado.

Nos horários de pico, é conveniente evitar o uso de aparelhos que consumam bastante energia, como chuveiro e ferro elétricos.







DE ESCADA


 
Para subir um ou dois andares de preferência à escada ao invés do elevador. É um exercício prático e rápido.








 


Stereotomy (1985) é o nono e penúltimo álbum do grupo  "The Alan Parsons Project".  
O nome do trabalho foi pinçado do conto "Os Assassinatos na Rua Morgue", de Edgar Allan Poe. Literalmente, estereotomia significa um processo de cortar pedaços sólidos em diferentes formas. No sentido metafórico do disco, mostra como as pessoas são formatadas pela  pressão da sociedade moderna  através de modos predeterminados (e supostamente bem-sucedidos) de agir, viver, pensar e desejar.









A obra é composta por músicas de excelente qualidade,  que vão de baladas intensas, passando por inspiradas músicas instrumentais e atingindo o ápice de um hard rock mais progressivo em faixas mais aceleradas e vigorosas, com destaque para "Stereotomy", que abre o disco e flerta com um rock arena mais sinfônico.

O destaque vai para a voz possante de John Miles (Jimmy Page Band) contrastando com o vocal mais  sereno de Eric Woolfson (na passagem lenta). Também a guitarra  marcante e viajante  de Ian Bairnson  se molda com perfeição à faixa..  

O videoclip é bem cinemático e surrealista, mostrando várias fontes de energia da natureza e sua interação com seres humanos em movimento.

/Stereotomy (Versão Completa de Estúdio)/



















/COORDENADAS/
/Imagem de Abertura (1)/ "Estrela Flamejante" (Foto de Sandra Olson do Glenn Research Center da NASA) ganhadora do Grande Prêmio do Combustion Institute, que promove uma competição de fotos de cientistas pirotécnicos e suas criações em brasa.   
Esta criação de Olson representa uma estrela de chamas queimando na microgravidade.
Fonte: New Scientist / Via: GJOL.

/Imagem (2)/ "Super Turbilhão de Fogo" (Foto de Nelson Akafuah e Kozo Saito da Universidade de Kentucky). Ganhou o terceiro lugar na competição do Combustion Institute. Esta foto foi criada com a ignição do benzeno. A imagem resultante foi espelhada e rotacionada para formar um distinto "S".

/Imagem (3)/ "Dr. Combustão" (Foto de Bogdan Pavlov e Li Qiao da Universidade de Purdue). Vice-campeão da competição do Instituto de Combustão. A imagem lembra o personagem do filme "V de Vingança" e foi gerada com as seguintes mesclas: 1) Mistura de nanopartículas em uma chama (representando nariz, sobrancelha e barba). 2) Chama de difusão (em que o agente oxidante reage com o combustível) que "desenha" os olhos e boca. 3) Chama de difusão do metano no ar (que reproduz o chapéu).

/Imagem (4)/ "Fã de Fogo" (Foto de Michael Gollner e Xinyan Huang das Universidades da Califórnia e de San Diego). A imagem composta representa o aumento do  fogo, a partir de uma chama azul encostada na base. Com a inclinação aumentada, a chama se torna mais turbulenta.

/Imagem (5)/ Intensidade da Luz.

/Imagem (6)/ Lâmpada Fluorescente Azul.

/Imagem (7)/ Capa do disco "Excelsior!" (1988) (inteiramente instrumental) da banda de hard-progressivo norte-americana Mastermind (que mistura com criatividade Emerson Lake & Palmer e Blue Oyster Cult em sua música).

/Imagem (8)/ Quadro comparativo entre diferentes tipos de lâmpadas. Fonte - Site: Planeta Sustentável - Via - Site: Coletivo Verde.

/Imagem (9)/ Claraboia Azul.

/Imagem (10)/ Cristais de Água do Anel de Saturno (Foto: NASA-ESA-Cassini).

/Imagem (11)/  Iluminação da Praça 29 de Julho de Paranaguá (Foto extraída do site da Prefeitura de Paranaguá).

/Imagem (12)/ Capa do disco "Laz" (1989) da banda francesa de progressivo-sinfônico Halloween.

/Imagem (13)/ Lustre Hope da Luceplan.

/Imagem (14)/ Painel Solar e o Céu.

/Imagem (15)/ Sol de Inverno (Foto: Today Seniors Network).

/Imagem (16)/ Geladeira (Foto - Site: eHow). 

/Imagem (17)/ Escadaria da Sagrada Família (Foto: Reinaldo de Abreu).

/Imagem (18)/ Capa de relançamento do disco "Stereotomy" da banda britânica "The Alan Parsons Project".

/Imagem (19)/ Capa original de "Stereotomy" com uma  sobrecapa (filtro de cor especial), que quando colocada em cima desta capa cria um efeito de variação de cor (que pretende simbolizar uma estereotomia visual).   

/Imagem (20)/ Desenho no selo do vinil.

/Fonte da Matéria/ Eletrobras.

/Outras Fontes/ Wikipedia, All CD Covers.

Dança do Ouro

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 "Dança do Ouro" é uma jornada musical que começa em Cuzco, no Peru e passa pela cidade de Brejo da Cruz, na região semiárida  da  Paraíba, cuja vegetação é composta por caatinga. Esta canção de autoria de Lourenço Baêta e Zé Renato - que  abre o disco "Dançando pelas Sombras" (1992) do conjunto Boca Livre - é talvez uma das músicas mais belas da banda. Do ponto de vista instrumental, a combinação do rico  arranjo vocal (várias vozes combinadas) com a densa  parte instrumental (presença de violões, baixo, bateria e teclado) é sublime e digna de configurar no seleto grupo de músicas inesquecíveis da MPB.















No tocante  à letra da canção, parece que ela se vale dos contrastes/paradoxos para passar a sua mensagem: uma América Latina rica em recursos naturais em contraposição com a miséria e o ocaso de seu povo (que briga pelas sobras com os urubus), e assim sofre com a dicotomia solo rico/vida pobre. Algo bem presente hoje em dia nas áreas rurais brasileiras em que a mão-de-obra, em vários casos, está aprisionada em regime escravo ou  em  situações calamitosas em  que pequenos produtores (vide região Amazônica) são expulsos de suas terras por grandes produtores rurais  e suas monoculturas ou até mesmo assassinados quando denunciam que áreas sustentáveis de extrativismo florestal estão sendo devastadas por madeireiras ilegais (algo bem comum no Pará, no Mato Grosso e na Amazônia).
Infelizmente, é uma marcha irreversível do atraso que dizima áreas colossais de florestas.










Em 1994, "Dança do Ouro" ganha uma nova versão e a inclusão de uma das vozes mais bonitas da história do rock. Em parceria com o Boca Livre, Jon Anderson canta nesta faixa (em português) e participa do coro de vozes, enriquecendo ainda mais o arranjo musical.









"Deseo" é uma panorâmica musical de John Anderson pela América do Sul, ao estabelecer parceria com músicos da região, gravando canções com fortes influências latinas.











/Dança do Ouro - Ao Vivo no Auditório do Ibirapuera (2007)/









Contra a reforma do Código Florestal, que se aprovado no Senado será uma sangria desatada na Floresta Amazônica e a sua transformação permanente  em solo árido [ao se desmatar Reservas e Áreas de Proteção Ambiental se promove a aridez irreversível do solo (devido ao seu substato arenoso)], a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), a ABI (Associação Brasileira de Imprensa), o Fórum de ex-Ministros do Meio Ambiente, a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), a ABONG (Associação Brasileira das ONGs), o Greenpeace Brasil, o Movimento SOS Florestas, o SOS Mata Atlântica, o WWF Brasil e várias outras Organizações formaram a Coalizão #Floresta Faz a Diferença.

/Abaixo Assinado contra o projeto de lei que altera, inescrupulosamente, o Código Florestal e a favor de um Código que preserve as Florestas do Brasil/









//COORDENADAS//
/Imagem#1 (de Abertura)/ "Paisagem" - do artista Aldemir Martins que retratou com maestria a situação do povo brasileiro.
/Imagem#2/ "Peixe" - pintura de Aldemir Martins.
/Imagem#3/ "Baleia" - desenho de Aldemir Martins para a personagem do livro "Vidas Secas" de Graciliano Ramos.
/Imagem#4/ "Pássaro" (1958) - desenho de Aldemir Martins.
/Imagem#5/ "Caju e Bananas" - mosaico de Aldemir Martins.
/Imagem#6/ Capa do disco "Deseo" de Jon Anderson.
/Imagem#7/ "Pavão" (1995) - obra de Aldemir Martins.
/Imagem#8/ "Garimpeiros" (1962) - desenho de Aldemir Martins. 
/Letra de "Dança do Ouro/

Eu vi o Sol nascendo
Brilhando o Sol em Cuzco
A Terra e a Luz

O Sol que nasce em Cuzco
Brilha também no céu
De Brejo da Cruz


Não é por acaso
Que o acaso mora ao lado
E não se foi ainda


Nada do que foi será
Ao sul dessa América
Tão linda


Eu vi o Sol morrendo
Dançando pelas sombras
Tiros de arcabus


Os homens e seus filhos
Brigando pelas sobras
Com os urubus


Manchas de um ocaso
Marcas do atraso
Ouro pós sangria


Cólera e os Pantanais
Dos Andes às Gerais
O que será um dia


E cantar...
E chorar...
Eu vi o Sol nascendo.



 



Inferno no Ártico

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Aberrações na natureza estão ocorrendo cada vez com mais frequência no habitat do Círculo Polar Ártico (além, de inúmeros outros ecossistemas da Terra), só para citar um exemplo chocante e dramático da devastação dos seres humanos frente  à natureza (poluição atmosférica, construção de fábricas, usinas e plataformas em santuários ecológicos, pesca/caça predatórias em larga escala etc.).











Há algumas décadas era  inimaginável que  o Urso Polar atacasse uma Morsa para se alimentar. Realmente, não era estratégico para o Urso avançar em um animal robusto e  corajoso. Com o degelo em excesso do manto do Ártico (que se aproxima do nível mínimo recorde de 2007, sendo que em algumas áreas está 50% menor do que a média), as presas naturais (Focas) dos Ursos Polares desapareceram. Até um passado recente era normal observar os Ursos correndo pelas longas plataformas de gelo e no momento de fome golpearem o  solo congelado  para  caçar  Focas, que nadavam debaixo destas plataformas. Atualmente, o solo de gelo retraiu-se a níveis dramáticos, e o que resta é pouco espesso (o que faz com que não sustente o peso dos Ursos e estes caíam direto na água). Sem alimento e famintos, são obrigados a nadar (e não mais andar) longos quilômetros em busca de comida, e, lamentavelmente, encarar a Morsa como uma nova  presa (desvio bizarro e surreal da sua cadeia alimentar natural), em um momento de desespero.












Este cataclismo (e inúmeros outros) é mostrado em um documentário da BBC chamado "Planeta Terra - Nosso Futuro", que é um fechamento crítico (apontando para inúmeras espécies da fauna e flora ameaçadas de extinção ao redor da Terra) de uma série de mesmo nome: "Planeta Terra - Nosso Futuro (O Mundo como Você nunca Viu)", que através de imagens aéreas, de panorâmicas e de  zooms (no esquema do macro ao micro) mostra a variedade e riqueza do ecossistema do Planeta (e a ameaça desta dádiva pelos humanos), com belas e surpreendentes imagens das criaturas das Florestas, Selvas, Oceanos, Mares, Planícies, Montanhas, Terras Geladas, Cavernas e Desertos. A série apresenta cenas de bichos e de plantas deslumbrantes e desconhecidos (e a complexa estruturação da cadeia alimentar),  deixando claro que a vida no Planeta é um grande organismo interconectado e mutualista, onde presas e vítimas são agentes de controle e de equilíbrio deste perfeito relógio biológico. O desajustamento em escala crescente desta máquina precisa e harmoniosa  é feito pelas danosas ações humanas, que estão solapando o meio ambiente e a vida de incontáveis espécies [várias já extintas e outras entrando no limiar da extinção [como o Urso Polar, o Lobo Guará,  a  Onça Preta,  várias espécies de  Baleias, o  Boto, o  Íbex-Walia (símbolo da Etiópia)....].                                                 
Voltando ao filme de terror "Urso Polar versus Morsa", o grande vencedor do embate parece ser a devastação colossal da vida no Círculo Polar Ártico. Um embate terrível entre duas criaturas fortes e determinadas, com um longo e chocante epílogo que seria evitado se os seres humanos fossem mais cuidadosos com o Planeta. O grande problema é  a corrida gananciosa e nefasta pelo lucro, seguindo o mote antropocêntrico e egoísta de que o ser humano é superior a todas as outras espécies, e portanto estas não merecem o devido cuidado. 







   





Hoje, infelizmente , é normal encontrar usinas/plataformas em pleno Ártico, que para se instalarem expulsam seres do seu espaço natural, além de poluírem  o entorno  de  áreas já  devastadas. Uma das inúmeras vítimas é o Caribou, que  está gravemente acuado e ameaçado pelas construções no Alasca, ao seu redor e pelo petróleo, embaixo de onde pisa. Com o aquecimento do Ártico, há um outro fato que nunca ocorreu anteriormente e que é outro "filme" de terror no estilo "Urso vs. Morsa": o envenenamento da atmosfera com substâncias tóxicas que estavam  aprisionadas nas largas e profundas  plataformas de gelo e nas  águas resfriadas de outrora. A quantidade destes dejetos químicos descoberta por cientistas canadenses e noruegueses é incerta, no entanto, o certo mesmo é o alto teor de veneno destes produtos, que são conhecidos como poluentes orgânicos persistentes, proibidos pela Convenção de Estocolmo (2004). O time do mal é o seguinte: pesticidas (DDT, clordano, lindano), fungicida hexaclorobenzeno (HCB), bifenil policlorados [PCBs (sigla em inglês): compostos químicos resultantes da mistura de produto sintético com uma estrutura química similar e largamente utilizados em tintas, plásticos, borracha, papéis etc.]. 









Estes elementos químicos são cancerígenos e desreguladores hormonais. Agora, devido ao aquecimento global e  ao consequente  derretimento das calotas polares, estão soltos na atmosfera, contaminando-a, consideravelmente.







     

O disco "Stormwatch" (1979) da banda Jethro Tull  alerta para o risco ambiental da exploração comercial do Polo Ártico. As letras das músicas são o reflexo da crise do petróleo da época e a corrida rumo a novos lugares que oferecessem possibilidade de extração do óleo.
Uma temática apocalíptica e melancólica acentuada por um hard rock enérgico (alternando momentos mais agitados com outros de balada), que apresenta interessantes influências sinfônicas [da fase mais pesada da banda presente nos álbuns "Stormwatch", "A" (1980) e "The Broadsword and the Beast" (1982)]









O desenho da capa de David Jackson reforça o tema do álbum (invasão humana exploratória no Ártico) e as consequências de usinas e  plataformas instaladas nesta região para as espécies locais. É uma pena que o Urso Polar real não seja gigante como o da capa. Se fosse, talvez pudesse interromper esta predatória intromissão humana.








Das faixas do álbum, o destaque vai para "Orion" (uma súplica para os céus em um momento crítico) - vigoroso hard rock arena (com excelente trabalho guitarrístico de Martin Barre) e para um intenso rock com levada sinfônica - "Elegy" (o epílogo da obra).









/Orion (Versão Estúdio)/

/Elegy (Instrumental) (Versão Estúdio)/














//COORDENADAS//
/Imagem de Abertura#1/ O Urso Polar e o Solo Árido (Extraída do Site: alaska.fws.gov).
/Imagem#2/ Morsa-Mãe e Filhote (Fonte:  "National Geographic").
/Imagem#3/ Urso Polar em cima do Naco de Gelo. 
/Imagem#4/ Capa do DVD: "Planeta Terra - Nosso Futuro" - documentário da BBC.
/Imagem#5/ O Salto do Urso Polar.
/Imagem#6/ As Morsas e a Ausência de Gelo (Foto: Dan Guravich).  
/Imagem#7/ Urso Triste.
/Imagem#8/ A Corrida dos Caribous (Foto: Jim Branderburg).
/Imagem#9/ Caribous Ameaçados.
/Imagem#10/ Bordas da Bacia (Desenho do pintor impressionista norte-americano David W. Jackson, especialista em imagens da natureza. O artista apoia várias organizações de proteção à vida animal). Site de David W. Jackson
/Imagem#11/ Capa dupla do álbum Stormwatch do conjunto "Jethro Tull". O desenho é de David Jackson.
/Imagem#12/ Pisando Alto (Pintura de David W. Jackson).
/Imagem#13/ Encarte do disco "Stormwatch" (Retirado do Site: Discogs).
/Imagem#14/ Manhã Gloriosa (Pintura de David W. Jackson).
//Fontes//
/Planeta Terra - Nosso Futuro (Documentário da BBC)/
/O Globo: Matéria sobre os Venenos no Ártico (26/07/2011)/
/Exame: Matéria - Camada de Gelo do Ártico se aproxima do Mínimo Recorde (04/08/2011)/