O Canto

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"A presidente Dilma terá que decidir qual modelo de desenvolvimento quer para o país. Não dá para ter na mesma base de apoio o sonido da motoserra e o canto do Uirapuru. Agora, resta a ela usar seu poder de veto ou compactuar com o que está posto. Chegou a hora da verdade. Veta, Dilma. Veta tudo, não pela metade" (*1). Essas são as palavras de Marina Silva (Ex Ministra do Meio Ambiente) contra a proposta do novo Código Florestal aprovada pelo Senado.







Como Marina afirma, o grande problema deste novo Código é não levar em consideração a preservação ambiental que acaba se tornando vítima de um desenvolvimento econômico insustentável e sem visão de futuro [pois na medida em que ecossistemas são crescentemente desmatados a tendência é que no futuro  se  tenha  o comprometimento da produção alimentar (com o surgimento de vastas áreas desérticas e a desregulação climática)]. 












Do jeito que está formulado, o novo Código pende fortemente para os objetivos perniciosos da bancada parlamentar ruralista que promove o desmanche da biodiversidade brasileira [anistia aos desmatadores, redução significativa da Área de Proteção Permanente (APP), desproteção dos manguezais, devastação de áreas com espécies ameaçadas etc.).
A única solução para acabar com esses pontos criminosos, que poderão se tornar lei, é vetar por inteiro essas grandes ameaças ao futuro sustentável do país. Como Marina diz: "Discutir o veto parcial é como avaliar se desejamos colapsar os nossos ecossistemas (e, com isso, inviabilizar nossa agricultura) em 10 ou 20 anos". Afinal, é como aquela história de um filme de guerra em que a mãe tem que decidir qual filho deve ser salvo e qual deve morrer. No caso do Código Florestal, os seres vivos que compõem a nossa biodiversidade podem ser salvos (se não forem reduzidos a moedas para barganhas ridículas  e  facínoras com a bancada que quer desmatar). É  fundamental  acabar  com  as  "piadas" de mau gosto do tipo: salvar os mangues ou  avançar o desmate nas  Áreas de Proteção Permanente; varrer do mapa o Uirapuru ou o Lobo Guará (ambos ameaçados de extinção)?






        

A recente Campanha "Liga das Florestas" do Greenpeace é pelo fim da destruição da fauna e flora brasileiras. Sendo assim, lançou um projeto de lei popular pelo desmatamento zero das matas do país para ser levado ao Congresso. 

/Assine a Petição/









/Ouça e Veja o Vídeo "Canto do Uirapuru"/












//CANTOS//
/Imagem de Abertura(1)/ Uirapuru-Laranja na Chapada dos Guimarães (Site: Luis Impa).
/Imagem(2)/ Uirapuru-Verdadeiro (Pássaro da Floresta Amazônica cujo canto longo e melodioso se assemelha ao som de flauta).
/Imagem(3)/ Uirapuru-Verdeiro de Perto (Fonte: Canal Petrobras).
/Imagem(4)/ Uirapuru-Verdadeiro (Site: Saúde Animal).
/Imagem(5)/ Lobo Guará (Foto: Moacir Silva).
/Imagem(6)/ Uirapuru-Verdadeiro (Site: Terra da Gente).
/Imagem(7)/Desenho do Uirapuru e do  Garrinha-Trovão (Fonte: Eletrobras). 
/Imagem(8)/ Uirapuru-Vermelho-Preto. 

//UMA MELODIA// "Uirapuru" é também um poema sinfônico composto por Villa Lobos, em 1917. Peça orquestral marcada pela assinatura ímpar e criativamente bela do compositor. Esta densa sinfonia retrata os  habitantes da selva brasileira, como, por exemplo, os índios e o pássaro Uirapuru (que na mitologia indígena é considerado o Deus do Amor).




                                    Capa do LP.
                       


  
/Uirapuru - Parte 1 (Villa Lobos)/
/Uirapuru - Parte 2 (Villa Lobos)/


//OUTROS CANTOS//
/Site - Museu Villa Lobos/
/Site - SOS Espécies/
/Wikipédia/
/(*1) "Veta Tudo, Dilma"/ Artigo na coluna de  Marina Silva na parte "Editoriais" [Folha de S. Paulo (27/04/2012)].   
/"Câmara Derrota Dilma e Aprova Fragilização de Regras Ambientais"/ Reportagem publicada no espaço "Poder" [Folha de S. Paulo (26/04/2012).