O Fantasma da Fita

2 comentários







Atualmente, ocorre um revival das fitas k7. Várias bandas estão lançando novo material também neste formato. O fato é que com cuidados básicos, a fita cassete dura bastante, além de proporcionar um som de qualidade para o ouvinte (quando esta se encontra em perfeitas condições).

Mas o que ocorre quando a fita k7 é antiga e está danificada sem chances de recuperação?

A artista Érica Iris Simmons (Iri5) aproveita estas fitas descartadas e abandonadas para fazer a sua arte. "The Ghost in the Machine" é uma série especial que criou aproveitando e rearranjando os rolos de fita k7.  

Para definir o seu trabalho, ela parte do princípio de que o tocador de k7 representa a mente e a fita k7 é o retrato de nossos pensamentos (com as informações gravadas magneticamente no rolo de fita). 


"Manuseando os "dados" (pedaços de memória de uma fita danificada) e ordenando-os e cortando-os (quando necessário) para constituir o que é visto como uma  face (um rosto familiar) é o meu rumo para encontrar a definição da série "The Ghost in the Machine", conceitua Iris".     



 
                                                             

Fita K7 (Lado B) da obra "Ghost in the Machine" da banda The Police. //Fonte: Discogs//  






         
                
                                 
                                                 

 
Jimi Hendrix (Série: Ghost in the Machine).
As Músicas que vêm à tona: "Little Wing" e "Hey Joe".





Iris menciona que quando olha para um retrato de Jimi Hendrix feito com fita cassete,  consegue "acessar" as músicas mais marcantes do músico na sua memória.

Assim, as canções que estavam "desaparecidas" na fita danificada são resgatadas de uma outra forma - um desenho que automaticamente as recupera dos arquivos sonoros da mente.






                        

 Michael Jackson (Série: Ghost in the Machine).   Vale a pena resgatar os grandes sucessos imortais deste      
 músico que está agora na "Terra do Nunca":  "Man in the Mirror" e "Beat It", por exemplo.















       
 The Beatles (Série: Ghost in the Machine).
Com tantas canções que são obras-primas, fica fácil resgatar pelo menos quatro músicas dos Fab 4: "Penny Lane", "We Can Work It out", "Here Comes the Sun" e "Ticket to Ride".









                                         

 Bob Dylan (Série: Ghost in the Machine).
Do músico-contista, vem à tona a estória de "Knockin' on the 
 Heaven's Door"
.









              

 Santana e Bob Marley (Série: Ghost in the Machine).
 Estes músicos já fizeram jam-sessions juntos?
 Nem foi preciso devido a riqueza musical de ambos.
A primeira música de Bob Marley que vem à mente: "Is 
 This Love"
. A de Santana: "Soul Sacrifice".





Iris Simmons tem fascinação por artistas e obras do passado (que segundo ela, é um lugar onde se encontram as criações mais bacanas do mundo).

Ao fazer uma nova leitura com  suas  montagens ("desenhos")  de fitas cassete avariadas  de artistas angloamericanos, há um resgate atemporal e lúdico de um material que estava destinado ao descarte. Era como se um "fantasma" saísse da fita e adquirisse uma nova dimensão vívida e impactante.










A série "The Ghost in the Machine", além de focar em músicos, também, retrata artistas do cinema através da arte composta (que com fita e cola monta desenhos criativos). Este é o trabalho de reciclagem de Iris [que tem o costume de reaproveitar materiais  rejeitados e sem serventia (como cartões de crédito)].







        

 
Marylin Monroe (Série: Ghost in the Machine). Um filme: "Gata em Teto de Zinco Quente". Um ótimo tributo
 rockeiro: "Photograph" da banda Def Leppard. 










         
                                           

  
"Beat Boxers" (2009). Trabalho com característica cinemática feito em parceria com a agência de publicidade
  alemã "Jung von Matt".  

   







                                                    

  Um outro trabalho (que remete à HQ de ficção-científica) em colaboração com a mesma agência.











               

Capa aberta da fita K7 de "Ghost in the Machine" do Police. Motivo de inspiração para a artista?
 //Fonte// Discogs.





"Ghost in the Machine" (1981) é um dos trabalhos mais interessantes da banda "The Police", por combinar com sofisticação e equilíbrio diferentes vertentes musicais: new age, reggae, ska, pop-rock, rock arena e  até  rock progressivo [com uma certa aproximação (devido às densas texturas sonoras e ao uso de teclados). Já as letras são sombrias na maioria das músicas ["Omega Man" (um conto de sci-fi) e "Spirits in the Material World", por exemplo)].

A exceção fica por conta da vibrante "Every Little Thing She Does is Magic". Um verdadeiro caldeirão sonoro preenchido com as diversas influências musicais adquiridas pela banda. Tornou-se um clássico e uma das melhores canções sobre timidez já feitas.






 
       
A capa do single de "Every Little Thing..."  //Fonte: Discogs.




//Every Little Thing She Does is Magic (Videoclip)// http://www.youtube.com/watch?v=aENX1Sf3fgQ








     

  "Harmony".  Cada "onda " representa um ramo da Educação: Música, Artes Visuais, Literatura, Ciência  e  Matemática.








COORDENADAS
/Site da Artista/ www.iri5.com
/Via: Site Whiplash/ http://whiplash.net
/Imagem de Abertura do Post/ extraída do site musical "Discogs".


     "