Na Linha de SP

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//Azimute// 1. Ângulo formado pelo plano vertical de um astro e o plano meridional do ponto de observação. (Astronomia)// 2. Termo que designa um tipo de ajuste para hélices de aeronaves. (Aviação)//  3.  Trio brasileiro de jazz-fusion conhecido internacionalmente pela sua mescla criativa ("Samba Doido") de diversos gêneros musicais, como: MPB, Rock Progressivo, Bossa-Nova, Samba, Funk, Soul, Baião etc./ 4. Um dos principais e mais importantes trios de jazz brasileiro (junto com  o "Zimbo Trio")./ 5. Tema instrumental de jazz fusion composto por Marcos Valle, Novelli e Paulo Sérgio Valle para o filme "O Fabuloso Fittipaldi", cujo nome foi  escolhido para nomear o "Trio Azymuth" (que inclusive é o grupo que toca nesta trilha sonora). (Música)//   





                              
 
"O Fabuloso Fittipaldi" - Trilha Sonora lançada em 1973,  marcou a estréia musical do Trio Azimuth.





Com uma carreira internacional consolidada  que apresenta vinte e cinco discos de estúdio lançados, participações em incontáveis festivais de jazz mundo afora (inclusive, foi a primeira banda brasileira a tocar no Festival de Montreux, em 1977), músicas tocadas em novelas e nas rádios e colaborações com inúmeros músicos da MPB e do exterior (Milton Nascimento, Gonzaguinha, Tim Maia, Ivan Lins, Djavan, Rita Lee, Sara Vaughan, Dizzy Gillespie etc), o grupo Azymuth pousou em São Paulo no final da tarde do último domingo para um show no Teatro da  Biblioteca Cassiano Ricardo, no bairro do Tatuapé. 





                                               
 Lançado em 1999, "Azymuth - Ao Vivo no Copacabana Palace" apresenta  as músicas consagradas da banda.





A percepção de um tempo frio, nublado e chuvoso do final da tarde daquele domingo  se modificou com a visão das cores multicoloridas do Teatro da Biblioteca  que  se  unificaram  ao som alegre, eclético e sofisticado do  Trio Azymuth. 
As dimensões reduzidas do Teatro também propiciaram um clima mais intimista ao show.





     

 "Tudo Bem" (1989) é um belo disco de  jazz-fusion que se combina de maneira harmônica com outros gêneros musicais. Um dos destaques é a cativante instrumental  "Makeka"  (bem gismontiana).










O tecladista e vocalista José Roberto Bertrami mencionou que seria uma tarefa difícil tocar em uma hora e pouco o  vasto repertório de décadas de estrada da Banda. No entanto, com os  instrumentistas motivados e concentrados, esta missão  foi realizada de maneira competente e vibrante, resultando em músicas tocadas de maneira empolgante e desembaraçada (o que fez o tempo voar).  Há que se mencionar o virtuosismo e os arranjos primorosos de Bertrami na execução ao vivo das músicas do Azymuth.










                                     
"Rapid Transit" (1983) é o quinto disco da carreira internacional da Banda lançado pela gravadora estadunidense "Milestone".                                                                           





O repertório do show teve também espaço para clássicos de outros músicos.   
"Águas de Março" de Tom Jobim e "What's Going on" de Marvin Gaye foram algumas das tocadas com uma roupagem consistente de jazz rock.                    






                              
O  Trio entrega uma versão suingada para a densa e de alma soul "What's Going on"  - que abre o álbum "Spectrum" (1985) - o sétimo lançado no exterior pela gravadora "Milestone".                                






Do repertório da banda, a faixa instrumental "Marrocos Clube" do disco  "Cascades" (1982) impressionou com a sua rica e exótica tapeçaria sonora, destacando-se o improviso que acentuou ainda mais o tema instrumental "ensolarado". 
Aliás, o improviso não foi exclusividade desta música instrumental, sendo também empregado em outras peças do Grupo com o intuito de se criar um marcante contraponto frente aos temas melódicos das composições (é muito interessante de se ouvir quando o final de um improviso "chama" o tema principal da música). 






                                                   
 "Clube Marrocos" integra o disco "Cascades", o terceiro trabalho lançado pelo selo "Milestone", que solidificou o prestígio da Banda no exterior após o grande sucesso do álbum "Light as a Feather" (o primeiro da carreira internacional do Grupo).








Com relação às músicas mais recentes, a totalmente fusion "In My Treehouse" (com destaque para a técnica apurada do baixista Alex Malheiros) foi um dos destaques. O solo movido à técnica tapping (de bater o polegar contra às cordas do instrumento) foi irrepreensível. 
Esta faixa instrumental é baseada nos sonhos e lembranças da infância do tecladista Bertrami, quando ele tocava em uma casa de madeira de sua cidade natal.
"In My Treehouse" é a segunda faixa do último disco lançado pelo grupo - "Aurora" (2011). A obra foi lançada pelo selo inglês "Far out Recordings" (pelo qual, o Trio lançou os últimos oito discos).









                                              
"Aurora" - o último trabalho do Azymuth - acabou de sair do forno. A suingada "In My Treehouse" balança os pilares da casa.  







                                           
"
Far out Recordings" - o selo londrino atual do Trio. No exterior, várias músicas do Azymuth ganharam versões lounge-eletrônicas feitas por djs europeus.







            
             


E fechando a formação do Azymuth, temos o excelente baterista e vocalista Ivan "Mamão" Conti, com a sua levada rítmica bem temperada, suingada e  encorpada por um som "cheio" e reverberante de batera (típico do virtuosismo da década de 1970). Também, na condução musical,  as suas "quebradas" são criativas e inusitadas.
No final do show, perguntei para o baterista o  porquê de a banda não  ter tocado a  inesquecível balada "Na Linha do Horizonte".
Ele explicou que como o repertório da banda é extenso não foi possível inserir esta música. Mas que nas próximas apresentações ele vai pensar na possibilidade de incluir no set list este clássico da MPB.
Falou também que a banda pretende lançar em cd a sua discografia no Brasil (mas para que isso ocorra, será preciso acertar questões contratuais).  





                       
 "Before We Forget" foi lançado em 2.000 pela gravadora "Far out Recordings".










                                             

  O Pássaro de Prata na "Linha do Horizonte". Fonte: Site - Steffans.











Antes que caía em um novo esquecimento, aqui vai a obra-prima do Pássaro de Prata.
Um hino existencial à paz  e ao bem-viver, apresentado em uma letra profunda (aparentemente simples) e musicado com a união harmônica de diferentes gêneros musicais: o casamento perfeito entre a MPB e o Rock Progressivo, que gerou um grande sucesso para a Banda (com a balada sendo tocada com freqüência nas rádios e inserida na trilha da novela "Cuca Legal").





                                              
"Azimuth (1975)" é o segundo disco do grupo que apresenta vigorosas músicas cantadas e instrumentais.
Além de "Linha do Horizonte", há
também uma outra balada lúdica e emocionante chamada "Faz de Conta".






Outras características relevantes que aparecem nesta canção: a cativante união dos vocais dos integrantes do Conjunto e o som "cheio" e etéreo do teclado (como se fosse um pássaro planando em um vôo).



//Na Linha do Horizonte// http://youtu.be/pffN2FxpFFo  

  






                                             
"Jazz Carnival"  é o carro-chefe de grande sucesso do internacionalmente bem-sucedido álbum "Light as a Feather" lançado em 1979 pelo selo "Milestone". Será que esta música não foi a propulsora da cena de Lounge Music?



 


Outra música que obteve grande sucesso foi a instrumental "Jazz Carnival". Sensação na Europa (alcançando o primeiro lugar, por várias semanas, da parada inglesa) e também nos Estados Unidos (galgando o primeiro lugar, por um ano, da parada musical).
Na década de 1990, foi rememorada com vários remixes feitos por músicos europeus.




                        
                                     
O  single da música "Jazz Carnival" que vendeu 250 mil cópias na Europa. O Lado B é preenchido pela música "Vôo sobre o Horizonte". Ambas são da obra "Light as a Feather".






No Brasil, "Jazz Carnival" com seu clima alto-astral também obteve uma boa projeção.
A sua mescla inusitada e bem estrutura de gêneros musicais bem distintos (Dance Music, Jazz Fusion, Samba e Rock Progressivo) foi muito bem recebida. 
Não é à toa, que foi escolhida como a trilha sonora de programas televisivos esportivos (como, por exemplo, um que passava os gols das rodadas de futebol).



 //Ouça "Jazz Carnival"//  http://youtu.be/7ZA5JSCf4rk







                                                 
"Flame" foi o sexto disco lançado pela gravadora de jazz norte-american "Milestone", em 1984. Em 2011, o Trio continua inspirado, firme e forte.










       
Azymuth ao vivo em Festival de Jazz nos EUA, em 2010. (Foto: Far out Recordings). Após o show do Trio, na saída do Teatro, o tempo estava frio e nublado (em contraste com a atmosfera   alegre e calorosa  do espetáculo). 









//COORDENADAS//
//Site do Trio Azymuth// http://www.azymuth.net/
//Imagem de Abertura do Post// Capa do disco "Woodland Warrior" (1998) lançado pela gravadora "Far out Recordings".
//Fontes Consultadas// Discogs / Rate Your Music / Wikipedia / Cliquemusic / Far out Recordings / Dicionário Aulete /

                                                                                          

A Ratoeira Danada

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Por dois meses e meio (e 15 horas diárias), ratos inspiraram ar poluído proveniente da queima de combustíveis fósseis.
Ao fim do experimento, cientistas verificaram que o ar carregado de micropartículas poluentes (não absorvidas pelos  filtros  dos carros e expelidas na atmosfera) causaram sérios danos ao cérebro dos roedores. 







                                           

O primeiro disco (1973) da "Trilogia do Ratinho" do Emerson, Lake  and Palmer germânico. O grupo toca um rock sinfônico criativo e sólido.      
                 




Como os ratos possuem genética similar  a  dos seres humanos (tanto que junto com os chimpanzés, é a espécie mais utilizada  em experiências científicas),  a  inflamação causada  no cérebro dos roedores expostos à poluição (gerando perda de memória e dificuldade para o aprendizado) preocupa, pois   a  atmosfera poluída pode também ocasionar inflamação (ligada ao envelhecimento precoce e ao  mal de Alzheimer) no cérebro humano quando  em contato  com o ar  tóxico  das grandes metrópoles (cujos automóveis são os principais agentes de contaminação).






            
                                
Spartacus é o segundo disco (1975) da "Trilogia do Ratinho". Um álbum lírico e conceitual sobre a história do  gladiator romano. Fonte: Japan Paper Sleeve. 




Este estudo foi publicado na revista "Environmental Health Perspectives".
Assim, é preciso procurar meios de transportes alternativos ao carro. Por exemplo: com a recente ampliação de linhas de metrô na cidade de São Paulo (que  foi adiada por décadas) , há a possibilidade de mais pessoas aderirem a este outro meio de locomoção.






                                   

Terceira obra (1976) da "Trilogia do Ratinho". Ela apresenta um direcionamento mais pop e não muito progressivo. Ainda, assim, um bom trabalho. 
                                                       



Em uma recente pesquisa sobre o uso de bicicleta na cidade de São Paulo, foi verificado que o número de usuários cresceu em comparação com anos anteriores.
Assim, mesmo oferecendo grandes riscos de acidentes, a utilização de bicicleta passa a ser uma alternativa ao uso já saturado do automóvel para muita gente.






             

A escultura
 "The Fog Flyer" do  artista Larry White  foi utilizada na turnê de lançamento do álbum
"Spartacus". Uma nova altenativa de  locomoção? // Fonte: Site  da  banda.




//Ouça a bela marcha instrumental "The Hazy Shades of Dawn"// http://youtu.be/9ckTuY_y1q8







                                     

  Não há tempo fechado nem trânsito ruim para  "The Fog Flyer". Fonte: Site da banda.











COORDENADAS
/Fonte da matéria sobre a poluição/ Portal IG.
/Imagem de abertura do post/ Capa do disco "Spartacus" da banda Triumvirat.

O Som da Nave

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Pilotada pelo astronauta  Major Tom (deprimido por sua longa missão no espaço sideral), a música - Nave-Mãe - "Space Oddity" de David Bowie é posicionada diretamente para o Estádio do Morumbi, e ao pousar no gramado, abre as suas escotilhas, apresenta a Estação Espacial do U2 (segundo definição de Bono) e dá início ao show da banda (360º Tour), nos últimos sábado e domingo, em pleno Estádio do Morumbi.







       A  Estação Espacial (conhecida também como "A Garra" ou "Aranha") . // Fonte: Site do U2.



O enorme telão circular posicionado na cabeça da "Aranha" [o palco em forma de Estação Espacial (que mais se parece com uma Nave)] faz uma volta de 360º (com imagens de alta definição), sendo possível assistir ao show em qualquer parte do estádio [pela primeira vez em espetáculos musicais, as zonas mortas (atrás do palco de arenas) não ficam vazias].






              The Edge na cabeça da "Aranha" no Estádio do Morumbi. // Fonte: Território da Música.



Com um set list que abarca todas as fases da banda [do início, com o álbum Boy (1980) até a apresentação de uma música inédita "North Star" (que estará no próximo trabalho)], a banda toca várias músicas inspiradas e consistentes (que passeiam com maestria pelo rock, pop e eletrônico). O imenso telão de 360º amplia, com imagens definidas, o encanto das melhores canções da banda.






             A Nave com o telão cilíndrico. // Fonte: Território da Música.



 //Entre nesta Nave Espacial ao som de "City of Blinding Lights"//  http://youtu.be/ZhCezZQqxx4







        A Nave pousa em Buenos Aires. // Fonte: Site do U2.





Depois de um show intenso, é hora de a Nave-U2 ser levada por um foguete-clássico e atemporal de Elton John - a canção "Rocket Man"  (baseada em um conto de Ray Bradbury - "O Homem Ilustrado") retoma o tema da solidão no espaço da música "Space Oddity").





                                                       O Logo da turnê 360º. // Fonte: Site do U2.





Já acabou? E quem não conseguiu ingressos (pois se esgotaram rapidamente)? 
É possível comprar de cambistas na próxima quarta? Não, porque estão cobrando um valor na estratosfera (o ingresso mais barato está por volta de R$ 400,00).
O que fazer então? Uma possibilidade é  se deslocar até perto do Estádio e ouvir, perfeitamente, as músicas do show [sem dúvida, as caixas de som da Nave-U2 propagam altos decibéis sonoros (talvez  a maior potência em termos de  espetáculos já apresentada no Morumbi).
Mas e se chover? É desagradável, e fica pior, do lado de fora.





         Do 11º disco da banda foram tocadas 5 músicas (sábado e domingo).
        
Destaque para "Walk on" (em homenagem a um ativista coreano).





Como o negócio da banda não é a solidão em Marte (a música "Rocket Man"  é sobre um astronauta no Planeta Vermelho, que  sente saudades da família),  a banda U2  aterrissa a sua Nave no Estádio do  Morumbi, novamente, amanhã.  





       Os raios de luz da Nave em Cape Town. // Fonte: Site do U2.




Para quem não puder ir ao Estádio, o som (do último show da turnê, no Brasil)  será transmitido ao vivo (para o país inteiro), diretamente, do Morumbi às 21h30 - horário de Brasilia - [mas, convém se conectar com uma certa antecedência (21h00)], por dois canais, na Internet:





          Sonora Live. Transmissão de aúdio de alta qualidade direto do Morumbi.






//Sonora Live - Portal Terra// Som com qualidade digital: 
http://musica.terra.com.br/sonora-live/u2



//Assinantes do site do U2 também poderão ouvir de graça o show//  http://www.u2.com









       Neste disco ao vivo de 1983, ainda, não havia sofisticada produção de palco.
              Mas o cenário natural e espetacular das Red Rocks, em Denver, no estado do Colorado, combinam com o som sólido da banda.      






O bacana da transmissão ao vivo de áudio do show é prestar atenção  e curtir única e exclusivamente a música (sem o desvio da atenção para outros artifícios). Assim, as canções adquirem uma nova dimensão [algumas delas podem perder um pouco da força sem os  efeitos de palco (principalmente, as que são apenas medianas),  e muitas, sem dúvida alguma, passarão, com louvor, pelo  teste de qualidade  musical, pois tendem a permanecer fortes e entusiasmantes mesmo quando despidas de artifícios extras].






       O cenário "cru" da Red Rocks. "I Will Follow" faz parte deste disco e também foi tocada, ao vivo, no último sábado no Morumbi.





Algumas das prováveis músicas que serão tocadas amanhã e que não perderão a sua força ao serem ouvidas fora da Nave-U2:




/ Walk on / Umas das melhores músicas da discografia da banda. Ao vivo, se transforma, e encanta pela melodia, energia e emoção. Difícil uma homenagem melhor do que esta.

/ Pride (In the Name of Love) / Um clássico que não deve ficar de fora de nenhum set list da banda. Uma música que não precisa de videoclip (o original em preto e branco é excelente) e de produção para ganhar força.

/ Sunday Bloody Sunday / O hino marcial do U2. Realmente, ele está sempre presente em todos os shows do grupo.

/ Where the Streets Have no Name / Música bem climática e apoteótica. É outra que nunca sai do repertório da banda. Uma amostra do estilo único (e marcial) de tocar guitarra de "The Edge".

/ Moment of Surrender / Canção inspirada e com interessante presença de teclado (bastante influenciada pela música de Jackson Browne).

/ I'll Go Crazy If I Don't Go Crazy Tonight / Cresce muito ao vivo. Com nítidas influências do Pink Floyd e ao mesmo tempo dançante. Bela e empolgante levada.

City of Blinding Lights / Uma das mais legais do repertório da banda. Bem elaborada, climática e inesquecível. 


/ Ultraviolet (Light My Way) / Ao vivo, nem parece que é do dançante disco "Achtung Baby", lembrando mais as músicas consistentes do início de carreira da banda. Destaque para o timbre ímpar da guitarra de "The Edge".

/ I Will Follow / Forte, pulsante e pós-punk (do início de carreira). Assista à versão do vídeo ao vivo "Under a Bloody Red Sky":  http://youtu.be/jv51LO7NOTo


/ I still Haven't Found What I'm Looking for / Balada envolvente e densa (uma das músicas do disco "The Joshua Tree" que pavimentaram o sucesso do grupo na terra de Elvis). Indispensável em qualquer show da banda.






                               Amanhã é dia de show consistente. Em baixo de um céu sem chuvas (espero!).











COORDENADAS
/Imagem de abertura do Post/ Site da banda: www.u2.com
/Fonte do Post/ Território da Música: www.territoriodamusica.com



O Fantasma da Fita

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Atualmente, ocorre um revival das fitas k7. Várias bandas estão lançando novo material também neste formato. O fato é que com cuidados básicos, a fita cassete dura bastante, além de proporcionar um som de qualidade para o ouvinte (quando esta se encontra em perfeitas condições).

Mas o que ocorre quando a fita k7 é antiga e está danificada sem chances de recuperação?

A artista Érica Iris Simmons (Iri5) aproveita estas fitas descartadas e abandonadas para fazer a sua arte. "The Ghost in the Machine" é uma série especial que criou aproveitando e rearranjando os rolos de fita k7.  

Para definir o seu trabalho, ela parte do princípio de que o tocador de k7 representa a mente e a fita k7 é o retrato de nossos pensamentos (com as informações gravadas magneticamente no rolo de fita). 


"Manuseando os "dados" (pedaços de memória de uma fita danificada) e ordenando-os e cortando-os (quando necessário) para constituir o que é visto como uma  face (um rosto familiar) é o meu rumo para encontrar a definição da série "The Ghost in the Machine", conceitua Iris".     



 
                                                             

Fita K7 (Lado B) da obra "Ghost in the Machine" da banda The Police. //Fonte: Discogs//  






         
                
                                 
                                                 

 
Jimi Hendrix (Série: Ghost in the Machine).
As Músicas que vêm à tona: "Little Wing" e "Hey Joe".





Iris menciona que quando olha para um retrato de Jimi Hendrix feito com fita cassete,  consegue "acessar" as músicas mais marcantes do músico na sua memória.

Assim, as canções que estavam "desaparecidas" na fita danificada são resgatadas de uma outra forma - um desenho que automaticamente as recupera dos arquivos sonoros da mente.






                        

 Michael Jackson (Série: Ghost in the Machine).   Vale a pena resgatar os grandes sucessos imortais deste      
 músico que está agora na "Terra do Nunca":  "Man in the Mirror" e "Beat It", por exemplo.















       
 The Beatles (Série: Ghost in the Machine).
Com tantas canções que são obras-primas, fica fácil resgatar pelo menos quatro músicas dos Fab 4: "Penny Lane", "We Can Work It out", "Here Comes the Sun" e "Ticket to Ride".









                                         

 Bob Dylan (Série: Ghost in the Machine).
Do músico-contista, vem à tona a estória de "Knockin' on the 
 Heaven's Door"
.









              

 Santana e Bob Marley (Série: Ghost in the Machine).
 Estes músicos já fizeram jam-sessions juntos?
 Nem foi preciso devido a riqueza musical de ambos.
A primeira música de Bob Marley que vem à mente: "Is 
 This Love"
. A de Santana: "Soul Sacrifice".





Iris Simmons tem fascinação por artistas e obras do passado (que segundo ela, é um lugar onde se encontram as criações mais bacanas do mundo).

Ao fazer uma nova leitura com  suas  montagens ("desenhos")  de fitas cassete avariadas  de artistas angloamericanos, há um resgate atemporal e lúdico de um material que estava destinado ao descarte. Era como se um "fantasma" saísse da fita e adquirisse uma nova dimensão vívida e impactante.










A série "The Ghost in the Machine", além de focar em músicos, também, retrata artistas do cinema através da arte composta (que com fita e cola monta desenhos criativos). Este é o trabalho de reciclagem de Iris [que tem o costume de reaproveitar materiais  rejeitados e sem serventia (como cartões de crédito)].







        

 
Marylin Monroe (Série: Ghost in the Machine). Um filme: "Gata em Teto de Zinco Quente". Um ótimo tributo
 rockeiro: "Photograph" da banda Def Leppard. 










         
                                           

  
"Beat Boxers" (2009). Trabalho com característica cinemática feito em parceria com a agência de publicidade
  alemã "Jung von Matt".  

   







                                                    

  Um outro trabalho (que remete à HQ de ficção-científica) em colaboração com a mesma agência.











               

Capa aberta da fita K7 de "Ghost in the Machine" do Police. Motivo de inspiração para a artista?
 //Fonte// Discogs.





"Ghost in the Machine" (1981) é um dos trabalhos mais interessantes da banda "The Police", por combinar com sofisticação e equilíbrio diferentes vertentes musicais: new age, reggae, ska, pop-rock, rock arena e  até  rock progressivo [com uma certa aproximação (devido às densas texturas sonoras e ao uso de teclados). Já as letras são sombrias na maioria das músicas ["Omega Man" (um conto de sci-fi) e "Spirits in the Material World", por exemplo)].

A exceção fica por conta da vibrante "Every Little Thing She Does is Magic". Um verdadeiro caldeirão sonoro preenchido com as diversas influências musicais adquiridas pela banda. Tornou-se um clássico e uma das melhores canções sobre timidez já feitas.






 
       
A capa do single de "Every Little Thing..."  //Fonte: Discogs.




//Every Little Thing She Does is Magic (Videoclip)// http://www.youtube.com/watch?v=aENX1Sf3fgQ








     

  "Harmony".  Cada "onda " representa um ramo da Educação: Música, Artes Visuais, Literatura, Ciência  e  Matemática.








COORDENADAS
/Site da Artista/ www.iri5.com
/Via: Site Whiplash/ http://whiplash.net
/Imagem de Abertura do Post/ extraída do site musical "Discogs".


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