Arquiteturas perfeitas: arena e ouvido.

Não é à toa, que depois da novidade e sensação das vuvuzelas, vários torcedores, jogadores e imprensa começaram a criticar e a oferecer resistência ao uso delas no Mundial. Com isso, surgiu, com o avanço da primeira fase, o comércio de tampão de ouvido, vendido (o par) por 5 Rands (um pouco mais de R$ 1,00), como uma proteção barata e eficaz para os ouvidos.
Inúmeros jogadores queixaram-se do barulho das cornetas, comentando que o som era ensurdecedor e dificultador da comunicação entre os jogadores. Certamente, estas cornetas devem ter sido o pesadelo dos capitães dos times.

O limite de tolerância para o barulho contínuo da vuvuzela é de oito minutos. Após esse período, a exposição a este tipo de som pode ocasionar danos irreparáveis ao ouvido.
Em virtude de tal complicação, as vuvuzelas foram banidas do próximo campeonato de Rúgbi, na África do Sul e do estádio do Bayern de Munique.
QUADRO COMPARATIVO DE RUÍDOS:
60db /conversa normal/
85db /limite máximo para uma audição sem riscos/
100db /trânsito pesado/
110db /buzina de automóvel/
114db /uma única vuvuzela/
120db /show de rock/
120db /britadeira/
140db /rojão/
É claro que o trabalhador está usando proteção de ouvido.
Vamos supor que o nosso hipotético torcedor espanhol, após ver todas as partidas da Espanha na Copa (sem nenhum tipo de proteção auricular) volte para Madri.
Na melhor das hipóteses, ele não sofreu danos auditivos. Pode ter escutado zumbido no ouvido após as partidas, que cessou horas depois. Isto geralmente ocorre porque as células da cóclea (estrutura no ouvido que transforma os sons exteriores em impulsos nervosos que são enviados para o cérebro) têm tempo para se recuperar.
Na pior das hipóteses, em virtude da exposição longa e freqüente e da potência do barulho das vuvuzelas, o torcedor voltou para a Espanha com chiado no ouvido (consequência de uma lesão mais séria nas células da cóclea). Mas este problema pode ser remediado com um tratamento adequado, que pode sanar o lesionamento auricular.
Monumentos em festa. (Foto: EFE / AP Photo).
Se agiu com um mínimo que prudência que faz toda a diferença, o nosso torcedor da Fúria voltou para casa duplamente aliviado e alegre: com o seu ouvido preservado e com a Espanha campeã. Para garantir a proteção do seu ouvido contra as vuvuzelas, usou um protetor auditivo de espuma moldável, cujo nível de redução de ruídos é de 29db, que atenua o barulho das perigosas cornetas em um som que é o limite máximo para uma audição que não comprometa a audição (85db).
Além disso, sabe que ao voltar para a sua metrópole, continuará a usar tampão de ouvido para se proteger de outros tipos de ruídos tão ameaçadores quanto as vuvuzelas: barulhos em show de rock, baladas, jogos de futebol e vários outros.
Naranjito, o mascote da Copa da Espanha de 1982.
Em 1982, a sonzeira vinha dos tambores.
Em 1982, a sonzeira vinha dos tambores.
COORDENADAS
Foto de abertura - Bernat Armangue (AP).
Foto do Estádio Moses Mabhida - Rodrigo Prada.
Foto "We Cannot Hear the Vuvuzela" - UOL Esporte.
Foto "Vuvuzela Proibida" - extraída do blog dos enviados da Copa UOL.
Fontes:
Site - Howstuffworks.
Site G1 - Matéria - Vuvuzela faz mais barulho que helicóptero.
Site Info Online - Matéria - Perigo nos decibéis.
Qual protetor comprar:
Protetor Auditivo de Espuma Moldável Nexcare (3M).
Preço estimado (caixa com 2 pares) - R$ 2,20.