Envenenando

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Um bilhão de  litros de agrotóxicos  foram  vendidos para produtores agrícolas brasileiros, na última safra 2009-2010 (representando uma média anual de mais de 5 litros por pessoa).

Com o uso de produtos químicos e tóxicos na agricultura, o agronegócio prospera de forma lucrativa e em escala industrial, mas os seres humanos, fauna e flora são vitimados por uma química danosa e invisível impregnada nos alimentos consumidos (verduras, legumes, frutas etc.).

Câncer, disfunções hormonais e outros efeitos colaterais são observados  em vários casos de pessoas que consumiram alimentos sobrecarregados de agrotóxicos e pesticidas.

Com relação ao meio ambiente, a aplicação dos agrotóxicos nas lavouras (muitas vezes, se utilizando de pulverização aérea) compromete a fauna e a flora (contaminando os seres vivos), o solo (vastas áreas de cultivo e  grande volume de água) e também a população local e os consumidores do final da cadeia produtiva (o estômago não consegue sintetizar, digerir e eliminar estes venenos).








O Brasil é o maior consumidor mundial  de agrotóxicos e pesticidas (consome 16% da produção planetária). O mercado destes produtos tóxicos é controlado por um oligopólio de grandes corporações mundiais , que impõe preços e diretrizes de uso para vários  produtos (pesticidas, agrotóxicos e sementes).

Vários destes produtos tóxicos foram proibidos na Europa, Japão e Estados Unidos e, no entanto, são usados largamente no Brasil.

Cientistas destes países citados afirmaram que estes produtos de aplicação agrícola representam séria ameaça para a saúde humana (podendo gerar sintomas graves de intoxicação: câncer, esterilidade, alergias, cegueira,  alterações genéticas, problemas de pele, distúrbios cardíacos, pulmonares, respiratórios, neurológicos etc.).

O Procurador da República Francisco Guilherme Bastos afirma que a falta de estrutura dos órgãos responsáveis pela fiscalização frente aos agrotóxicos favorece o uso indiscriminado de muitos desses produtos que são nocivos e tóxicos à população e ao meio ambiente.






As seis corporações transnacionais (que controlam mais de 80% do mercado de agrotóxicos no Brasil)  venderam em solo brasileiro mais de 7 bilhões de dólares em produtos químicos, na última safra 2009-2010.







As gigantescas empresas químicas argumentam que é impossível uma produção agrícola sem o uso de veneno para combater pragas. Esquecem de observar e analisar a agricultura sustentável de pequenos produtores que se vale do uso sustentável de meios naturais para combater insetos que dizimam a lavoura. 

Além disso, somente depois da Segunda Guerra Mundial, é que o negócio da agricultura química começou a se desenvolver (antes, a humanidade, por séculos, combateu pragas agrícolas e se alimentou muito bem sem nenhum tipo de uso de agrotóxico).

Estas transnacionais exploram um mercado bilionário de sementes transgênicas, pesticidas e agrotóxicos. Para ganhar poder e controle, elas impedem que cientistas independentes analisem o impacto ambiental de suas plantações geneticamente modificadas. 






Além do mais, estas corporações querem impor  ao mercado mundial  suas variedades de sementes transgênicas (que são desenvolvidas com a ação de fertilizantes químicos e de pesticidas).

Controlando 67% do mercado mundial de sementes, tais empresas criam a hegemonia e a armadilha das sementes alteradas geneticamente  e  de  sua "equipe de apoio" (venenos agrícolas): homogeneização genética que pode danificar a saúde humana e o meio ambiente, cerceamento da produção local e nativa de sementes naturais (que obstrui  a produção de  forma saudável e ecológica para a rica diversidade de plantio) e "aprisionamento" dos produtores locais - que perdem a chance de produzir sementes locais orgânicas e livres de transgênicos (ao comprar as sementes modificadas geneticamente ficam atados a licenças de contratos abusivos de exclusidade com estas corporações).






Infelizmente, estamos correndo o sério risco de tomar suco de laranja aditivado com agrotóxicos e pesticidas usados nas lavouras. O pimentão (com 64% de contaminação por agentes tóxicos, em 2009) é um dos líderes do ranking de infecção, junto com  o morango, o tomate, a uva e a cenoura. Mas há vários outros alimentos "sujados" pelos venenos agrícolas  (a lista é extensa).

Dos 20 mil casos de câncer de estômago no Brasil, a maioria  pode ter ligação direta com os alimentos contaminados por agrotóxicos.

Sérgio Koiffmann - pesquisador titular da "Fundação Oswaldo Cruz" (Fiocruz) - aponta que a infertilidade humana e animal está ligada ao uso de agrotóxicos (que altera o ciclo hormonal dos seres vivos).

Além disso, Koiffmann afirma (lastreado pelos estudos científicos da "Fiocruz") que o aumento do número de pessoas com câncer pode estar ligado ao uso de agrotóxicos na agricultura (contaminando quem manipula as plantações e também as pessoas que comem os alimentos carregados de tóxicos).   

O Pesquisador cita vários tipos de câncer que têm afetado um número maior de pessoas: de testículos, de próstata, de ovário, de mama, de tireóide.

Ele também menciona o aumento excessivo de abortos e de crianças com defeitos congênitos.

Os agrotóxicos estão em 4º lugar no rol de produtos que levam à intoxicação, ficando atrás, dos remédios, produtos de limpeza e acidentes com animais venenosos.







O processo de produção agrícola brasileiro - proveniente da década de 1960 - desenvolveu-se à base de uma matriz química e tecnológica que gerou um considerável aumento da produção, com uma modernização a cargo de produtos agroquímicos (sementes modificadas e agrotóxicos) e acentuada devastação das florestas (com baixo investimento em tecnologia de ponta e a conseqüente não maximização da produção em espaços agrícolas abertos).

Assim, baseados neste modelo em nada ecológico, os agricultores usam em excesso agrotóxicos para manter lucrativas as suas lavouras baseadas em monoculturas e também, a fim de economizar com mão-de-obra.

O ciclo desta agricultura tóxica é devastador para a natureza e para a saúde humana. Dos vários agrotóxicos (proibidos em outros países) que são aplicados nas lavouras, uma parte deles se evapora e vai para a atmosfera, retornando em forma de chuva caústica e intoxicante. Resultado: solo e água contaminados em maior escala (excedendo as áreas de lavoura aonde os agrotóxicos foram colocados).

O que torna ainda mais a situação complicada é o lobby que as grandes corporações exercem (frente a órgãos fiscalizadores, ministérios, secretarias, imprensa, comunidades etc) para que seus produtos inseguros sejam aprovados e comercializados no Brasil em lucrativa escala industrial.

Conseguindo o sinal verde para a sua maré tóxica, estas corporações solidificam o modelo de agricultura brasileira cada vez mais dependente das ditatoriais empresas multinacionais de venenos agrícolas que alicerçam e dominam uma agricultura baseada  na exportação de monoculturas e no alargamento da devastação de matas e florestas. Modelo este concentrador de riquezas e propulsor do empobrecimento da população (que é expulsa do campo).

Em 2010, a Anvisa destruiu mais de 500 mil litros de agrotóxicos adulterados (falsificação da fórmula para deixar o produto mais potente), por corporações estrangeiras que atuam no Brasil.







A "Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida" foi lançada no dia 7 de Abril de 2011 (Dia Mundial da Saúde), com a participação de mais de  30 entidades da sociedade civil brasileira (Movimentos Sociais, Entidades Ambientalistas, Organizações de  Saúde, Grupos de Cientistas, Associação de Estudantes etc.). 

Esta Campanha tem por meta abrir um debate de conscientização frente à sociedade brasileira acerca da realidade dos agrotóxicos (envenamento em larga escala de produtos alimentícios, contaminação dos solos e das águas,  adoecimento e morte de seres humanos,  da fauna e da  flora; falta de fiscalização na produção, na comercialização e no uso destes produtos etc.).

Assim, é preciso pressionar o Governo para que o uso destes agrotóxicos seja freado e conseqüentemente, descontinuado.

A proposição de um novo modelo agrícola  que substitua este atual  de exploração e envenenamento da terra está vindo à tona:  o sistema  agroecológico baseado em plantas orgânicas e nativas (fruto do uso democrático e da promoção das variedades regionais das sementes), no respeito à natureza e aos agricultores locais (com a proibição de tecnologias genéticas na agricultura e  o  impedimento de  patentes de  corporações  no tocante às sementes).






A questão envolvendo o uso dos agrotóxicos não é meramente uma questão das áreas produtivas, mas sim, uma questão de saúde pública e de preservação do meio ambiente.

Para evitar de se colocar (sem saber) alimentos contaminados por agrotóxicos, na mesa da sala de jantar,  é possível garantir a saúde consumindo produtos livres de agrotóxicos e não-transgênicos. E uma agricultura ecológica, orgânica e regional é o caminho para a desintoxicação da agricultura e da sociedade, pois o Brasil oferece um grande potencial para este advento natural e harmônico.

Contudo, a alteração perniciosa do Código Florestal pavimenta o caminho maléfico do agronegócio devastador movido a agrotóxicos e sementes transgênicas.

A única possibilidade para deter  o crescimento irresponsável destas frentes agrícolas é embargar a alteração do Código na votação do Senado, e contar com o veto da Presidente.

Quanto aos agrotóxicos venenosos, é mais do que necessária uma fiscalização ágil, isenta e competente.











A banda "Supertramp" possui como principais caracteristicas os criativos e inspirados arranjos musicais que servem de moldura para as letras críticas, contestatórias e irônicas. Um grupo  que mescla  com maestria distintas correntes musicais: Pop-Rock, Jazz-Fusion, Rock Progressivo e Música Clássica. 

A balada "Soapboax Opera" [do disco Crisis? What Crisis? (1975)] traz uma letra que contradiz formas de poder aparentemente indeléveis e absolutas. A parte instrumental é constituída por um rock sinfônico (com interessantes variações de temas). 


/Versão do disco "Paris" (Ao Vivo)(1980)/ http://youtu.be/jUSM5Uq6jUo









COORDENADAS
//Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida//

/Via - Site: "Rede de Educação Cidadã"/
www.recid.org.br/component/k2/item/279-campanha-permanente-contra-os-agrot%C3%B3xicos-e-pela-vida.html

//Secretaria Operativa Nacional da Campanha//
Fones: (11) 3392-2660 / (11) 7181-9737
E-mail: contraosagrotoxicos@gmail.com/ 
Skype: contraosagrotoxicos

//O texto foi baseado nas seguintes fontes//
/Todos os Dias o Povo Come Veneno. Quem são os Responsáveis?  - Autor:  João Pedro Stedile (Membro da Via Campesina Brasil). (Artigo Publicado na Revista Caros Amigos em Novembro de 2010)/

/Agrotóxicos: Longe dos Olhos e Dentro dos Alimentos que Consumimos. [Artigo publicado na Revista "Somos Assim" (Nº193)]/

/Apelo Europeu: Semear o Futuro, Colher a Diversidade. [Artigo publicado no Informativo Semanal "Vida Saudável" (Ano 14 / Nº16) do Sítio "A Boa Terra", em Abril de 2011]/

/Agrotóxicos vêm Causando Infertilidade e Câncer (incluindo o relato do Pesquisador da Fiocruz)/ http://www.consciencia.net/2004/mes/16/agrotoxicos-infertilidade.html  

/Site - Rate Your Music/

//Imagens Utilizadas//
/Imagem de Abertura (1)/ Capa do disco "...Famous Last Words..." (1982): o ápice criativo da carreira da banda recheado de clássicos ("It's Raining Again", "My Kind of Lady", "Don't Leave Me Now" etc.). E também, o último trabalho com a participação do vocalista e tecladista Roger Hodgson.

/Imagem (2)/ Contracapa do disco "...Famous Last Words...".

/Imagem (3)/ Capa surrealista do disco "Crisis? What Crisis?" (1975). Após o grande sucesso de "Crime of the Century", a banda continuou com a sua proposta musical de qualidade.

/Imagem (4)/ Capa estilo "Sci-Fi" do disco essencial da banda - Crime of the Century (1974). Sucesso mundial, a obra catapultou o Supertramp ao estrelato. O disco mais progressivo do conjunto, que é um desfile em pompa e circunstância de clássicos definitivos do rock (nada menos que seis das oito faixas). "Hide in Your Shell" é a música preferida de Roger Hodgson da carreira do Supertramp.

/Imagem (5)/ Capa do disco "Even in the Quietest Moments...". Um dos mais inspirados trabalhos da banda, mesclando baladas cativantes ("Give a Little Bit", "From now on"), com faixas mais progressivas (apresentando uma alternância interessante de momentos mais agitados com calmos, cujo ápice é a épica "Fool's Overture").   

/Imagem (6)/ Capa do disco "Breakfast in America" (1979). Outro sucesso estrondoso do grupo repleto de clássicos profundos e imortais. É impossível não se tocar com o drama emocional de "Take the Long Way Home". Uma das mais interessantes e progressivas músicas do repertório da banda encerra o disco - "Child of Vision" (presente nos shows solo de Roger Hodgson). 

/Imagem (7)/ Capa da obra "Some Things Never Change" (1997). Trabalho sem Roger Hodgson e com outras feições sonoras.

/Imagem (8)/ Capa do LP "Brother Where You Bound" (1985). Primeiro disco sem a presença do criativo Hodgson. Mesmo com este grande desfalque, a banda produziu um bom disco. Destaque para a consistente e vibrante "Cannonbal", que abre o disco (foi promovida via um caprichado videoclip e apresentou um single) e para a suíte pop-progressiva "Brother Where You Bound".







/Imagem (9)/ Capa da obra "Supertramp" (1970) - o primeiro trabalho oficial da banda. Não teve muita repercussão, apesar de suas longas faixas bem trabalhadas com influências progressivas e jazzy.

/Imagem (10)/ Capa do disco "Free as a Bird" (1987) - o segundo sem Roger Hodgson. A turnê de promoção do LP passou pelo Brasil.

/Imagem (11)/ Capa do lp - "Paris" (1980) - o primeiro álbum, ao vivo, da banda que  registra uma enérgica e envolvente apresentação para a platéia pariense. Não há lugar melhor para celebrar o grande sucesso da banda alcançado com os discos de estúdio da década de 1970. Os arrassadores sucessos do conjunto com uma roupagem acentuadamente mais rocker e pulsante (presentes em duas bolachas de vinil). É assim que se observa o quanto este grupo é competente em versões vigorosas para "Hide in Your Shell", "Take the Long Way Home", "School", "Breakfast in America", "The Logical Song", "A Soapbox Opera", entre outras. E é claro, a inesquecível suíte épica-progressiva "Fool's Overture" (com o discurso de Churchill abrindo uma das obras-primas dos "Super-vagabundos").