Nadia

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Será que uma mistura de new age com rock, blues e música eletrônica (drum 'n' bass) pode resultar em boa música?
E se a este caldeirão sonoro for acrescentada uma timbragem distorcida gerada pela guitarra? 
O resultado final não será uma  colcha de retalhos sonora sem identidade?












A consequência é uma das melhores faixas do catálogo de Jeff Beck.
"Nadia" é uma balada atípica instrumental, pois além de mesclar uma série de estilos musicais díspares entre si, oferece um som distorcido melódico e agradável de se ouvir.
Sem dúvida alguma, uma faixa cativante e  intensa que remete às  melhores faixas dos  discos "There and Back" (1980) (com influências do blues, de jazz-rock, do rock progressivo e da new age) e "Guitar Shop" (1989) (com um  pé  no  experimentalismo,  que envereda pelo  jazz-fusion, funk, reggae, new age etc).
A diferença  é que a música "Nadia" se vale de influências da música eletrônica, algo que não ocorreu nos dois discos citados, acima [no máximo,  "Nadia" guarda uma certa similaridade com o synth-rock de Jan Hammer (autor da clássica "Starcycle") no disco "There and Back" (imagem ao lado)]. 
Esta composição  é uma versão instrumental da música de mesmo nome do compositor e músico indiano Nitin Sawhney (a original é cantada por uma voz feminina e apresenta também uma batida techno). Faz parte do disco "Beyond Skin" (1999).
Já a versão de Jeff Beck integra o álbum "You Had It Coming", que foi lançado em 2001 e segue a mesma proposta sonora do anterior "Who Else" (1999), que é fortemente calcada na experimentação com a música eletrônica (uma mistura de rock com drum 'n' bass e  progressive trance, principalmente). 
Na verdade, com estes dois discos, Jeff Beck tinha por objetivo modernizar o seu rock, após longos anos sem lançar material inédito.
O fato é que ele surfou a onda sonora do momento (música eletrônica), encaixando-a em sua sonoridade complexa e sofisticada. E a idéia de se fazer uma versão instrumental para uma composição ímpar, densa e exótica (que mescla elementos da música asiática com world music e techno) se mostrou muito feliz, sendo o resultado uma das melhores faixas de "You Had It Coming" (bem como de toda a carreira de Beck).      





                                                                 Moderno e com toques experimentais, em "Guitar Shop"
                                                                 há espaço para belas baladas instrumentais (mas sem
                                                                 batida eletrônica), Destaque para viajante "Two Rivers":
                                                                 uma espécie de "Nadia" desta obra.





"Nadia" também faz parte do repertório do dvd gravado ao vivo em Londres - "Jeff Beck - Performing this Week..." - Live at Ronnie Scott's Jazz (2007).
A versão ao vivo está com uma veia mais rockeira em comparação com a versão de estúdio, porém a levada techno está mantida.
Destaque para a virtuosística performance de Beck, bem como para a excelente banda que o acompanha [vide o desempenho sensacional de Vinnie Colaiuta (Herbie Hancock, Sting, Rita Lee etc) nas baquetas e o trabalho mais que competente da menina prodígio Tal Wilkenfeld (baixista).










Jeff Beck tocará no dia 25 de novembro deste ano, em São Paulo. E a música "Nadia" executada ao vivo, no Ronnie Scott's, é uma amostra do alto nível musical que será o show.






                                                   A versão original de "Nadia" está neste disco.











COORDENADAS 
/Nadia/ Ao vivo (do dvd "Jeff Beck - Performing this Week..." - Live at Ronnie Scott's Jazz):
Link: http://www.youtube.com/watch?v=drAv2FoYji8
/Nadia/ Versão de estúdio do disco "You Had It Coming":
Link: http://www.youtube.com/watch?v=YpqlwRvGeDA
/Nadia/ Versão original do disco "Beyond Skin" do músico indiano Nitin Sawhney:
Link: http://www.youtube.com/watch?v=zqT7ufzFF7w 
/Imagem de Abertura/ Foto do encarte interno do disco "You Had It Coming" (retirada do site "Free Covers").

 

Nada Velho para o Rock 'n' Roll

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No último 06 de Setembro, Peter Frampton fez uma apresentação no Teatro Gran Rex, em Buenos Aires.
A penúltima música apresentada no show (já na parte do bis) foi a rock arena clássica "Breaking all the Rules".
Verifica-se que a versão atual de "Breaking..." está enérgica e vibrante (não perdeu  em nada em termos de qualidade em comparação com a versão original).
O vocal de Frampton está com o mesmo timbre  característico dos velhos tempos, e a sua performance guitarrística  entrega  uma técnica sofisticada misturada com garra e intensidade (não liga o "piloto automático" ao executar esta faixa). Também sua animada interação com o público é um fato que só ajuda a tornar o show ainda mais empolgante.










Destaque também deve ser dado à sua banda, que está muito bem entrosada e tocando com pique nesta música.
A presença do eficaz  guitarrista de apoio (que também sola) - Adam Lester, o tecladista e guitarrista competente - Rob Arthur [que encorpa o som, com camadas sonoras de bom gosto de órgão (sem empastelar a música)], o experiente e talentoso baixista John Regan (parceiro de longa data de Peter Frampton) e  o baterista - Dan Wojciechowski, que possui uma condução segura  com um ótimo swing  e viradas precisas [repare (foto abaixo) no belo kit do instrumento e no logotipo do avião na caixa da bateria (que remete à capa do último disco de Frampton)].









Mesmo  "Breaking all the Rules"  sendo  a  penúltima música  do  show,  o  cansaço  está  bem distante da performance da banda, que é feliz em enveredar pelo  fator "novidade" da canção (que não era tocada há muito tempo) e no formato mega-hit (que entusiasma a platéia). Assim, ao final da execução da faixa, se observa uma comunhão rockeira no teatro portenho, tudo em nome do rock da melhor categoria, que após décadas, envelhece com classe e dignidade, mantendo a chama da qualidade perene.










Fica a certeza de que o show de Frampton, na próxima sexta, em São Paulo, valerá cada centavo do ingresso (pela banda que alia alto-astral com competência e pelo set list muito bem escolhido).






 As músicas que serão tocadas deste disco de 1972, no Brasil: a intensa semi-balada
 "All I Want to Be (Is by Your Side)" e a rockeira com punch "It's a Plain Shame". 








COORDENADA

Imagem de abertura: Guitarra Les Paul utilizada na atual turnê.
  

Um Clássico de Volta

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"Breaking all the Rules", um dos maiores clássicos rockeiros da década de 1980, integra o set list da recente turnê de Peter Frampton - "Thank You Mr. Churchill Tour" (nome também de seu último trabalho - uma obra autobiográfica que remete aos tempos da Segunda Guerra Mundial).
A música foi tocada em sua passagem pelo Chile, em Santiago, no Teatro Caupolicán, sábado passado (já havia um longo tempo que o músico não executava esta canção ao vivo).
Foi a penúltima música de um show recheado de clássicos de sua carreira e de outras bandas (Humble Pie, George Harrison e Soundgarden). Tocou também algumas músicas do novo trabalho e a enérgica instrumental "Off the Hook" (com influências nítidas da banda "The Shadows") de seu disco "Peter Frampton" de 1994 (cuja turnê passou pelo Brasil).
Ao que tudo indica, Frampton deve tocar "Breaking..." no Brasil (muito dificilmente, esta música será substituída por outra, pois está programada no set list da turnê e foi executada, recentemente).









         
O álbum "Breaking all the Rules", lançado em 1981, pode ser considerado como um dos melhores trabalhos de Peter Frampton.
As faixas são consistentes, criativas  e empolgantes, representando o que o melhor do rock pode oferecer (uma alternância de faixas rockers suingadas com baladas pop de qualidade).
O interessante é que "Breaking..." com sua levada épica de rock arena (sendo uma das melhores desta obra), não é a faixa que abre o disco (tarefa a cargo da também cativante e arrasa-quateirão "Dig What I Say"), e sim, a que fecha de forma brilhante o álbum (como se pode observar, acima, na contracapa do disco).  
No tocante aos instrumentistas que acompanham Frampton neste disco, a escolha não poderia ter sido mais apropriada: os integrantes da banda "Toto".





O Compacto de "Breaking all the Rules".





Para promover o disco, foi filmado um videoclip para a faixa "Breaking all the Rules", com partes em preto e branco e com um visual de ficção-científica distópica (estilo Mad Max). A história da rebelião deste videoclip traduz a essência da música: um hino pró-liberdade [luta (ideológica ou armada) para depor um poder opressor].
São interessantes alguns aparelhos high-tech que aparecem no clip (como um relógio digital que transmite imagens de uma rebelião), conferindo um toque moderno ao visual terra arrasada do videoclip.  
Com o sucesso da música, ela foi usada na publicidade para promover um produto massificado (o que de certa forma é uma contradição, pois não condiz com seu lema libertário).
Sem dúvida alguma, "Breaking all the Rules" é um dos grandes hinos do rock de todos os tempos.
















COORDENADAS
/Fontes/
- Whiplash - Matéria: Peter Frampton - talento e força dos clássicos no Chile:
http://whiplash.net/
- Contracapa do disco "Breaking all the Rules": Amazon.
- Compacto de "Breaking all the Rules":
Imagem de Abertura: capa da coletânea que inclui "Breaking all the Rules".

/"Breaking all the Rules" no Brasil (vídeo incompleto)/
http://www.youtube.com/watch?v=2qUF7fHn0t4

/"Breaking all the Rules" - ao vivo (montagem de imagens da banda ao vivo com outras do videoclip)/
http://www.youtube.com/watch?v=YsY1TXCza5k


Direto para a Parede do Quarto

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Este é o pôster do filme "Metropolis" de Fritz Lang. Mas como comprar um belo pôster que é avaliado como um dos mais caros do mundo? 
Ao que tudo indica, seria uma mercadoria dos sonhos, só possível, de ser adquirida por milionários.
Mas há uma interessante alternativa para os cinéfilos que procuram por um produto de qualidade que esteja sendo comercializado a um  preço justo.
Qual seja:  a réplica do original é  vendida pelo site americano "MovieGoods" (especializado em pôsteres de cinema).   







Também neste site é possível encontrar o pôster da versão colorida de "Metropolis", da década de 1980 (cujo filme tem uma trilha sonora rocker sob o comando do compositor Giorgio Moroder), além  de várias outras réplicas de pôsteres originais deste filme da década de 1920. 
Um dos originais mais conhecidos é o pôster em que as letras que formam a palavra do filme são dispostas e alinhadas em torno  de vários edifícios (transmitindo a sugestão de opressão  que a modernidade e a tecnologia entregam).  








O "Moviegoods" oferece uma vasta opção de pôsteres dos principais gêneros cinematográficos, abordando desde os filmes do início da história do cinema até os mais atuais (por isso, é um dos maiores bancos de dados de pôsteres de cinema da atualidade). Além de réplicas, vende pôsteres originais que foram expostos em salas de cinema [sendo que alguns podem ser mais caros (devido a sua raridade, tornam-se itens de colecionadores)].







Pôster raro e original do primeiro filme de Ridley Scott.





Também comercializa uma ampla coleção de cartões com fotos de filmes. Desde fotos coloridas até em preto e branco, nos mais diversos formatos.
Em seu site, é possível clicar em cima dos pôsteres e fotos para ampliá-los e assim ter uma visão mais acurada do material, antes de se decidir pela compra. É bom lembrar que a marca  "MovieGoods" não aparece nos pôsteres originais ou em suas réplicas [está presente somente nas amostras do site (como é o caso do pôster do filme "Os Duelistas")].  
Os pôsteres e cartões fotográficos comprados são enviados com revestimentos de proteção [tubo especial (para os pôsteres) e envelopes resistentes (para os cartões fotográficos)].







Cartão com foto da odisséia de ficção científica "2001".













COORDENADAS
Site "MovieGoods": http://www.moviegoods.com/
Imagens: todas as imagens presentes neste post foram extraídas do "MovieGoods".